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Fornecedores da Americanas pressionam por capitalização

Publicado 18.01.2023, 05:02
© Americanas - Divulgação própria Fornecedores da Americanas pressionam por capitalização
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A capitalização da Americanas (BVMF:AMER3), por meio de uma injeção de recursos dos acionistas de referência (Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira), é o ponto crucial na visão dos fornecedores para destravar o fluxo de vendas de novas mercadorias para a varejista.

Desde a semana passada, quando o rombo bilionário da varejista se tornou público, parte da indústria de bens duráveis teria interrompido o faturamento para companhia, apurou o Estadão. Segundo um deles, a questão é saber se os acionistas "vão colocar dinheiro ou não".

Outro executivo da indústria de bens duráveis confirmou à reportagem que está "em compasso de espera" das negociações sobre o futuro da empresa antes de aprovar novas vendas, mesmo tendo seguro de crédito.

Outros fornecedores reconhecem o risco de uma interrupção do fluxo de mercadorias por um período mais longo quebrar a varejista. Por isso, buscam uma saída negociada. O termo dessa tratativa seria a indústria aprovar uma nova venda mediante o pagamento à vista de uma parcela de uma venda mais antiga. Para um executivo, isso "diminuiria a bola de neve".

Com 1,8 mil lojas físicas, a Americanas é um canal de vendas importante para a indústria, que precisa da varejista para escoar a produção. Indústrias dizem que a suspensão momentânea das vendas não chega a afetar os negócios da varejista porque há estoques. Entretanto, segundo outro fornecedor, a Americanas suspendeu compras até segunda ordem. Por isso, os produtos são agora vendidos para varejistas como Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) e Via (BVMF:VIIA3).

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No shopping virtual da companhia, há também fornecedores que interromperam nos últimos dias vendas de novas mercadorias.

Judicialização

Parte dos fornecedores da Americanas já começa a se preparar para um eventual processo de recuperação judicial da empresa. A varejista conseguiu uma liminar que suspende o pagamento de vencimentos da companhia por 30 dias, prazo que tem para entrar com um pedido de recuperação judicial. Em razão disso, as empresas que fornecem produtos e serviços para a rede já começaram a buscar orientações de advogados para saber como proceder.

Segundo um especialista em direito contencioso, a maior parte das ligações que recebeu nos últimos tempos é de fornecedores buscando informações.

É fato que o crédito ficará mais escasso e caro para a Americanas, o que tem implicações em sua operação e fornecimento de produtos. Até onde se sabe, as inconsistências contábeis encontradas na companhia se deram por operações de crédito para o financiamento de produtos, conhecidas como "risco sacado", que não eram reportadas como dívida. Os R$ 20 bilhões foram reportados de forma errada e agora a companhia teve suas notas de crédito rebaixadas pela S&P Global Ratings, Moody's e Fitch.

Nesta terça-feira, 17, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu mais um processo - o quarto - relacionado à Americanas. O procedimento iniciado na segunda-feira pela Superintendência de Relações com Empresas da CVM se refere à supervisão de notícias, fatos relevantes e comunicados. Os demais vão apurar a consistência de dados contábeis e informações privilegiadas e manipulação do mercado.

Mesmo antes dessa repercussão, grupos de fornecedores já demonstravam apreensão em relação ao recebimento de valores pendentes com a varejista.

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Resposta

Procurada, a Americanas informou em nota que "mantém o fluxo normal de repasse em seu marketplace e realizou normalmente em 16 de janeiro o pagamento aos sellers. As operações seguem da mesma forma, tanto para pequenos parceiros quanto para indústrias que usam a plataforma da companhia".

Rial: 'Jamais transigiria com minha biografia'

Sergio Rial, que renunciou à presidência executiva da Americanas dez dias depois de assumir o cargo, se pronunciou nas redes sociais ontem, negando insinuações de que sabia dos problemas financeiros na varejista antes de chegar à empresa. "Eu jamais transigiria com a minha biografia", escreveu o executivo.

"Coube-me, como executivo-líder, primeiro entrevistar executivos remanescentes, questionar e entender quaisquer preocupações e novas perspectivas", disse.

Segundo ele, que foi anunciado como presidente da Americanas em agosto do ano passado, "nessas conversas, informações e dúvidas foram compartilhadas e com o natural aprofundamento para entendê-las e dar-lhes direcionamentos conjuntamente com o novo CFO (diretor financeiro), Andre Covre, chegamos ao quadro do fato relevante com transparência e fidedignidade!" O executivo disse que "quaisquer especulações ou teorias distintas disso são leviandades".

Ele disse que "quanto à minha saída, ela decorre do entendimento da necessidade de abrir espaço para que a empresa pudesse se reestruturar de um ponto de partida totalmente distinto do que eu esperava encontrar". "É preciso saber o momento de se posicionar dentro de um novo contexto que se apresenta", escreveu Rial para justificar sua renúncia ao cargo de CEO da Americanas em menos de duas semanas.

Com Rial, Covre, que havia assumido a direção financeira no mesmo dia que o agora ex-presidente, também deixou seu cargo.

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Crise na varejista põe 'maior Páscoa do mundo' em xeque

O posto da Americanas de maior varejista de ovos de Páscoa do mundo está em risco, depois do rombo bilionário da companhia revelado na semana passada. Grandes fabricantes de chocolates, tradicionais em parcerias com a varejista por ter preços competitivos, estão bastante preocupadas com as vendas para a data, apurou o Estadão.

A dois meses e meio da Páscoa, indústrias pretendem negociar as vendas de ovos de chocolates mediante parte do pagamento à vista, para se resguardar do risco de crédito.

Compradores de redes de supermercados ouvidos pela reportagem disseram acreditar que há risco de "sobrar" ovo de chocolate nesta Páscoa. Nos últimos anos, Americanas conseguia colocar os produtos à venda com preços muito inferiores em relação à concorrência. Por isso, a expectativa é de que os supermercados não tenham o mesmo nível de competitividade que a varejista tinha.

Para Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar), a crise na Americanas também deve ter impacto nas finanças das fabricantes de chocolate. "A Black Friday do mercado de chocolate é a Páscoa, então, as fabricantes não vão querer vender para a Americanas, e sim para as concorrentes. Mas isso fará o poder do varejo aumentar. Com isso, a margem das empresas de chocolate vai diminuir", afirma.

Roberto Kanter, professor do MBA de gestão comercial e marketing da FGV e diretor da consultoria Canal Vertical, afirma que a crise da Americanas preocupa o setor de chocolates antes da Páscoa, quando cerca de metade do volume de vendas acontece.

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"É provável que a indústria esteja torcendo para que a Americanas continue a operar. Mas a indústria também pode ter planos de contingência, como vender para outras varejistas ou mesmo para lojas que antes não comprariam ovos de chocolate", diz.

Procurada, a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas afirmou que a Americanas é uma “importante parceira de negócio da indústria” e que acompanha de perto as “atualizações e decisões tomadas pela empresa”.

A Americanas não respondeu ao contato da reportagem para comentar o caso. Nesta semana, a empresa informou ao Estadão que suas operações de varejo físico e digital funcionavam normalmente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

quem participou ou sabia do golpe tem que se virar e colocar dinheiro, pra sair dessa situação, se não o ministério público tem que pedir cadeia para esses safados
vou comprar por 1 real até sexta
Não vale nem 10 centavos !
Isso aqui e que nem casamento, a gente sabe que vai dar merda, mesmo assim enfia a mão no bolso e casa ! Tomara que esse divorcio traga lucros !
QUEBRAZINE LUIZA VAI SER PROXIMA ,BALANÇO NEGATIVO VEM AI
Kkk credores querem que os investidores pagam a conta para eles !! e depois a venezeelame quebra !! Credores ficam felizes e os t r o u x a s minoritários pagam a conta e ficam a ver navios 😂😂😂😂
Os acionistas majoritários precisam aportar Capital Próprio, afinal se beneficiaram com os gordos lucros e dividendos ao longo dos anos.
Lucro onde !! Dividendos onde !! Isso aí sempre foi só prejuízo!! Manutenção a vida toda kkkkk
Quem mais usa a empresa de auditoria das Americanas que por tanto tempo "não viu" um rombo de vinte bilhões na contabilidade??? Ambev?
Agora a indústria de chocolate vai correr atrás dos médios e pequenos que esnobou no passado.
vão baixar os preços na marra.
borracha nos contadores, diretor financeiro e pwc...
Tem que prender maiores acionistas das lojas americanas e da empresa de auditoria. Vai dizer que ninguém sabia???
Os acionistas bilionários precisam aportar Capital Próprio, afinal mamaram gordos lucros fraudulentos por anos a fio. Lesando os acionistas e a sociedade.
Com um rombo desse porte e fazendo aquisições de bilhões como a Rede Hortifruti e outros. Nesse caroço tem angu....
Com um rombo desses e fazendo novas aquisições como Rede Hortifruti e outros. Aí tem...
Tinham que pressionar por investigação e polícia pra prender um bocado que continua dentro da empresa
Sócios da empresa de auditoría são verdadeiros bandidos... Não possou o erro sem ser visto!!!! Empresa canalha os acionistas compram na confiança das grandes empresas de auditoría, deveria pagar pelos prejuízo que na vdd estariam devolvendo o quanto levaram por fora... Bandidos!
Quanto está o leilão?
L
façam o L
Americanas, a Enron brasileira. Uma questão de tempo até a falência e extinção?
Fica em casa a economia a gente ver depois……..
Burro, tipico de Bolsonarista.
oui je suis resté à la maison stupide !
Toma ivermectina e vê se caga pela boca.
Gostaria de saber de qual partido politico mundial pertence os mega investidores da Americanas
L
Essa situação da Americanas me faz pensar o seguinte: É impossível uma quantia dessa passar despercebida, o que me leva a crer que esse montante saiu pra aquisição de parte da Eletrobras, mas algo não deu tão certo como deveria. Por isso a calma por parte dos investidores. Resta esperar pra ver como vai ser resolvida essa história.
isto tudo é muito esquisito pois se o dinheiro entrou e saiu tem que ter o destino da saída simples assim
O efeito em cascata que essa crise da americanas traz é incalculável, várias empresas e empregos serão impactados, direto e indireto.😪
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