JOHANESBURGO (Reuters) - A África do Sul vai suspender o uso de vacinas da AstraZeneca (LON:AZN) (SA:A1ZN34) para Covid-19 em seu programa de imunização após dados terem mostrado que ela concede proteção mínima contra infecções moderadas e sérias causadas pela variante do vírus dominante no país.
O ministro da saúde, Zweli Mkhize, disse neste domingo que o governo vai esperar conselhos de cientistas sobre como agir depois dos resultados decepcionantes em testes conduzidos pela Universidade de Witwatersrand.
O governo pretendia aplicar a vacina da AstraZeneca para trabalhadores do setor de saúde em breve, depois de ter recebido 1 milhão de doses produzidas pelo Instituto Serun, da Índia, na segunda-feira.
Ao invés disso, serão oferecidas vacinas desenvolvidas pela Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) (SA:JNJB34) e pela Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) nas próximas semanas, enquanto especialistas avaliam como o imunizante da AstraZeneca pode ser utilizada.
"O que isso significa para o nosso programa de vacinação, que dissemos que começará em fevereiro? A resposta é que continuará", disse Mkhize, em uma entrevista coletiva online.
“A partir da próxima semana e pelas próximas quatro semanas, esperamos ter vacinas da J&J, vacinas da Pfizer. Portanto, o que estará disponível para os profissionais de saúde serão essas vacinas".
"A vacina AstraZeneca permanecerá conosco ... até que os cientistas nos dêem indicações claras sobre o que precisamos fazer", acrescentou ele.
(Reportagem de Alexander Winning e Olivia Kumwenda-Mtambo)