Investing.com - O índice futuro do Ibovespa abre a sessão desta terça-feira com queda de 2,00% aos 75.442 pontos, em dia que é marcado pelo desempenho negativo dos mercados globais. Além disso, a cena eleitoral pesa após a última pesquisa do Datafolha não confirmar o crescimento de Jair Bolsonaro, além do fortalecimento dos nomes de Ciro Gomes e Fernando Haddad.
No contexto internacional, as disputas comerciais entre Estados Unidos e China seguem preocupando os investidores. O presidente americano, Donald Trump, publicou em sua conta no Twitter (NYSE:TWTR) que a Apple (NASDAQ:AAPL) deveria fabricar seus produtos nos Estados Unidos se quiser evitar ser afetada pelas tarifas sobre as importações chinesas.
Por aqui, a cena eleitoral deve dominar mais uma vez as atenções dos investidores. A pesquisa Datafolha divulgada ontem contraria as estimativas de analistas, com o candidato Jair Bolsonaro (PSL) variando dentro da margem de erro e vendo sua rejeição aumentar mesmo após o atentado. Além disso, nas simulações de segundo turno, o deputado seria derrotado em todos os cenários, ficando tecnicamente empatado com Fernando Haddad (PT).
Bolsas Internacionais
Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,30 por cento, a 22.664 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,72 por cento, a 26.422 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,18 por cento, a 2.664 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,18 por cento, a 3.224 pontos.
Na Europa, a sessão desta terça-feira também se mostra negativa nas principais praças. Em Frankfurt, o DAX tem queda de 0,66% aos 11.907,44 pontos, enquanto que em Londres o FTSE recua 0,61% aos 7.234,84 pontos. No caso do CAC 40, de Paris, as perdas são de 0,32% aos 5.252.66 pontos.
Commodities
A jornada desta terça-feira na bolsa de mercadorias de Dalian, na China, foi marcada por desvalorização dos contratos futuros do minério de ferro. O ativo mais líquido, com data de vencimento no mês de janeiro do próximo ano, teve perdas de 1,10% a 492,50 iuanes por tonelada, o que representa uma variação diária de 5,5 iuanes.
Para o vergalhão de aço, que tem seus ativos negociados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai, a terça-feira foi de perdas. O contrato de maior liquidez, para janeiro de 2019, perdeu 183 iuanes para um total de 4.071 iuanes por tonelada. O segundo papel em volume de negócios, de outubro deste ano, recuou 107 iuanes e encerrou a sessão a 4.442 iuanes por tonelada.
Por outro lado, o dia se mostra positivo para a cotação do petróleo nos mercados internacionais. O barril do tipo WTI, negociado em Nova York tem ganhos de 0,50%, ou US$ 0,34, a US$ 67,88, enquanto que o Brent, de Londres, soma 0,88%, ou US$ 0,68, a US$ 78,05.
Mercado Corporativo
BB SEGURIDADE (SA:BBSE3) - O braço de seguros e previdência do Banco do Brasil (SA:BBAS3), anunciou nesta segunda-feira que ampliou sua participação na corretora digital de seguros Ciclic. O aumento da participação se deu por meio da BB Corretora de Seguros, controlada pela BB Seguridade, e envolveu um aporte de capital de 20,25 milhões de reais na Ciclic. Com o negócio, a BB Seguridade passa a ter 49,9 por cento das ações votantes e cerca de 75 por cento das ações preferenciais da Ciclic. O restante seguirá detido pela PFG2 Participações. O acordo vale até 2032 e envolve a distribuição de produtos de previdência privada, informou a BB Seguridade em comunicado.
ELETROBRAS (SA:ELET3) - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou ontem um recurso da companhia estatal amazonense Cigás que pedia a suspensão do processo de desverticalização da Amazonas Distribuidora, uma das distribuidoras de energia da Eletrobras que deverão ser privatizadas. O procedimento, na prática, determina que os empreendimentos de geração e transmissão (Amazonas GT) serão separados dos de distribuição, viabilizando o processo de venda da distribuidora. O leilão da Amazonas Distribuidora está marcado para o dia 26 de setembro.
A Cigás recorreu a Aneel pedindo a suspensão da cisão de ativos da subsidiária da Eletrobras, com o argumento de que poderia “não receber o valor das parcelas devidas pelo fornecimento de gás natural” à distribuidora da Eletrobras no Amazonas. De acordo com a Cigás, a medida representaria ameaça para as atividades da empresa de gás amazonense. Com a separação dos ativos, a Amazonas Distribuidora não teria legitimidade para exercer qualquer atividade ligada à geração de energia e que, por isso mesmo, não utilizaria mais o gás fornecido pela empresa.
"É, pois, inegável que essa situação representa uma ameaça séria aos seus direitos e interesses, levando-se, inclusive, em consideração que a receita advinda do fornecimento em questão mostra-se essencial para ela, Cigás, posto que o volume distribuído para as usinas termelétricas previstas no contrato downstream representa 98% do volume total comercializado pela Companhia", argumentou a Cigás.
Na decisão assinada pelo diretor-geral da Aneel, André Pepitone, o argumento da empresa foi considerado insuficiente e que não havia e medida ameaça a direitos da Cigás. "Na verdade, a objeção [da Cigás] é comercial e não jurídica. É que, mesmo diante da “[...] legítima expectativa [da Recorrente] de que as atuais pendências e riscos seriam equacionados antes da cessão”, deve-se reconhecer que expectativas, ainda que legítimas, não são direitos e a frustação de meras expectativas não caracteriza violação à legalidade ou prejuízo à segurança jurídica", afirmou Pepitone.
Agenda de Autoridades
O presidente Michel Temer inicia a terça-feira recebendo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, se reunindo em seguida com Marcos Jorge, ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Ao final do dia, se encontra com o deputado Leonardo Quintão (MDB-MG).
Já o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, participa da 3ª Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Em seguida, se reúne com José Paulo Cairoli, vice-governador do Rio Grande do Sul. Na parte da tarde, Guardia tem audiência com Elizabeth Farina, presidente da União da Indústria da Cana-de-açúcar (UNICA).
Com Reuters.