Investing.com – As ações da General Motors (NYSE:GM) operavam em alta nesta terça-feira, 24, pela manhã em Nova York, depois que a empresa divulgou resultados para o 3º tri, em meio a uma greve de trabalhadores do setor automotivo liderada pelo sindicato United Auto Workers.
Às 11h50 de Brasília, os papéis da montadora subiam 0,26%, cotados a US$ 29,30.
A empresa superou as expectativas com lucro ajustado de US$ 2,28 por ação, acima da projeção de mercado de US$ 1,88, e receita de US$ 44,1 bilhões, superior à estimativa de consenso de US$ 42,62 bilhões.
“Nos EUA, nossas vendas fortes, ATPs (preços médios de transação) saudáveis e incentivos basicamente estáveis nos ajudaram a superar a indústria e ganhar market share”, declarou o diretor-geral financeiro da GM, Paul Jacobson, aos repórteres em uma teleconferência.
No entanto, segundo Jacobson, a greve trabalhista, que começou em 15 de setembro, gerou uma perda de lucro operacional de US$ 800 milhões para a montadora, devido à queda na produção de veículos, sendo US$ 200 milhões perdidos apenas no 3º tri.
Devido à volatilidade contínua causada pela greve, a GM está retirando sua projeção anterior de lucro para o ano, que previa lucro operacional de US$ 12 a 14 bilhões e lucro líquido de US$ 9,3 a 10,7 bilhões para os acionistas.
Além disso, diante da incerteza na economia e no mercado automotivo, a GM pretende continuar buscando áreas para reduzir custos e moderar sua futura produção de veículos elétricos para adequar à demanda, que não é tão forte quanto a GM havia originalmente previsto.
“Estamos reduzindo nossos custos fixos em US$ 2 bilhões líquidos de depreciação e amortização até o final de 2024”, afirmou a CEO, Mary Barra, aos acionistas em uma carta na terça-feira de manhã.
"Também estamos moderando a aceleração da produção de VEs na América do Norte para proteger nossos preços”, acrescentou.
Na semana passada, a GM revelou que a empresa adiará por um ano a produção das picapes Chevrolet Silverado EV e GMC Sierra EV na fábrica de Orion Assembly. O atraso foi atribuído à baixa demanda do consumidor por EVs.
“Quero deixar claro, no entanto, que nosso compromisso com um futuro totalmente elétrico é tão forte quanto sempre e continuamos a planejar uma capacidade de VEs de um milhão de unidades na América do Norte até o final de 2025”, disse Jacobson.