Investing.com – A General Motors (NYSE:GM) revelou nesta quarta-feira, 29, que terá um custo de US$ 9,3 bilhões com os acordos trabalhistas firmados após uma longa greve nos Estados Unidos. Mesmo assim, a empresa anunciou planos de recomprar US$ 10 bilhões em ações, elevar os dividendos em 33% e cortar os gastos com seu projeto de táxi autônomo, Cruise.
Com base no preço de fechamento de terça-feira, o valor da recompra representa cerca de um quarto do capital social da GM. Antes do anúncio, as ações da empresa acumulavam uma queda de 14% no ano, mas subiram 9% no pré-mercado de quarta-feira.
Depois da greve liderada pelo sindicato dos trabalhadores da indústria automotiva (UAW, na sigla em inglês), a montadora de Detroit reduziu sua estimativa de lucro para 2023.
Durante o ano, a General Motors enfrentou dificuldades para valorizar suas ações, sofrendo com o impacto da greve da UAW, problemas em sua divisão de veículos autônomos Cruise e atrasos no lançamento de seus novos veículos elétricos.
Os US$ 9,3 bilhões em custos extras previstos até 2028 cobrem os acordos com a UAW e com o sindicato canadense Unifor, e equivalem a cerca de US$ 575 por veículo durante a vigência desses acordos.
“Agora que temos um contrato aprovado e um caminho claro pela frente, que inclui maior eficiência operacional e de investimento, podemos retomar a devolução de capital aos acionistas conforme nosso plano”, disse a presidente da GM, Mary Barra.
O plano acelerado de recompra de ações da GM prevê o repasse de US$ 10 bilhões aos bancos intermediários, resultando no recebimento e no cancelamento imediato de US$ 6,8 bilhões em ações ordinárias da GM, deixando a montadora com uma capacidade restante de US$ 1,4 bilhão sob sua autorização de recompra de ações, permitindo mais recompras no futuro.
Além disso, a empresa espera aumentar seu dividendo por ação ordinária em 3 centavos por trimestre, chegando a 12 centavos por ação a partir de 2024.
As ações da GM avançaram 10,42% no pregão do meio-dia de quarta-feira.