Garanta 40% de desconto
🚨 Mercados voláteis? Descubra joias escondidas para lucros extraordinários
Descubra ações agora mesmo

Governo federal precisa investir R$540 bi em transportes, diz CNT

Publicado 29.11.2022, 09:28
© Reuters. Vista do porto de Paranaguá
3/12/2020
REUTERS/Rodolfo Buhrer

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil ainda precisa investir quase 900 bilhões de reais para atender às demandas de infraestrutura de transporte do país e o governo federal seguiu reduzindo desembolsos nos últimos anos, relegando ao setor privado a maior parte dos investimentos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

O estudo aponta que o setor público, incluindo Estados e prefeituras, investiu desde 2001 até o final do ano passado 319,65 bilhões de reais em infraestrutura de transporte de um total estimado pela CNT como sendo necessário de 865,4 bilhões.

O investimento público federal até 2012 era a principal fonte de recursos para obras de transporte no país, segundo a CNT. A relação mudou a partir de 2013, quando os investimentos públicos federais somaram 145,4 bilhões de reais, enquanto os privados foram de 246,3 bilhões.

A entidade, que incluiu no levantamento dados de 2001 até meados deste ano, defende que pelo menos 70% dos recursos obtidos com outorgas onerosas de obras e serviços de transporte sejam reinvestidos no próprio setor, como uma das formas de ampliar a capacidade de investimento do Estado.

Segundo o levantamento, dos 865,4 bilhões de reais demandados pelo setor de transporte, cerca de 540 bilhões estão na esfera do governo federal.

Com espaço apertado para investimentos públicos, o governo de Jair Bolsonaro promoveu uma ampla gama de privatizações no setor de infraestrutura de transporte nos últimos anos, mas alguns projetos importantes, como o porto de Santos, a Ferrogrão e o aeroporto Santos Dumont acabaram sendo adiados.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Os dados da CNT indicam que 2022 será um dos anos com menor desembolso pago para investimento em transporte pela União desde 2003, com apenas 1,6 bilhão de reais registrados até meados de julho. O pico ocorreu em 2010, com 29,8 bilhões de reais. Já o total autorizado no Orçamento para este ano foi de 8,45 bilhões, bem abaixo do ápice apurado em 2012, quando o volume de recursos aprovados para o setor foi de 45,2 bilhões de reais.

Durante duas décadas, o investimento público brasileiro foi direcionado praticamente para o modal rodoviário, com quase 227 bilhões de reais de um total executado pelo setor público em transportes de 319,65 bilhões, apontam os dados da CNT. Apesar disso, a necessidade de investimento estimada pela entidade em rodovias é de 220,15 bilhões de reais, dos quais 180,7 bilhões na esfera federal.

Outra proposta da CNT para melhorar a capacidade de investimento do Estado é a aplicação integral dos recursos da contribuição Cide-combustíveis em infraestruturas de transporte "e excluí-la da base de incidência da Desvinculação de Receitas da União (DRU)".

Além disso, a entidade propõe "excluir do limite de teto de gastos os investimentos públicos com elevado retorno social comprovado tecnicamente, em especial os de transporte, em consonância com a regra de ouro".

O levantamento foi divulgado em um momento em que o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva tenta viabilizar a PEC da Transição, que permitiria o pagamento do Bolsa Família de forma permanente de 600 reais e mais 150 reais por criança de até 6 anos de idade. Lula está em Brasília nesta semana para discutir a PEC acompanhado de Fernando Haddad, cotado para assumir o Ministério da Fazenda.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Segundo a CNT, a necessidade menor de investimento federal - 126 milhões de reais - está sobre o setor aéreo, que recebeu aportes da União de 41,2 bilhões de reais entre 2001 e o final do ano passado.

O transporte ferroviário ainda precisa de 176,5 bilhões de reais do governo federal, após 36 bilhões aplicados pelo setor público, afirma o levantamento.

Enquanto isso, o modal aquaviário, menos contemplado por investimentos públicos - 15,4 bilhões de reais entre 2001 e 2021 - tem demandas para 222,7 bilhões, dos quais 180,2 bilhões de competência federal.

A CNT ainda defende no levantamento que o BNDES, que estruturou uma série de concessões de infraestrutura nos últimos anos, incluindo de saneamento, tenha um papel ampliado de cofinanciamento dos projetos de transportes, "tanto por meio de financiamento direto como prestando garantias às operações.

 

(Por Alberto Alerigi Jr.)

Últimos comentários

Lembrando que o investimento deve ser feito dentro do país. Porto em Cuba e metrô na venezuela não contam!
O modelo em que o setor privado é o protagonista é o melhor, visto que o governo não tem $$$ e quando tem é desviado no ralo da corrupção.
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.