(No 3º parágrafo, corrige moeda para dólares, não reais)
SÃO PAULO (Reuters)- O secretário especial da Secretaria Especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, Salim Mattar, criticou nesta terça-feira a quantidade de estatais financeiras e disse que em quatro anos o governo "vai dar um jeito nisso".
"Vai haver muita discussão no governo na hora certa. Mas este governo não deseja competir com bancos. O governo não tem que emprestar dinheiro", disse Salim, acrescentando que tem respaldo do presidente Jair Bolsonaro na agenda de desestatizações.
Salim lembrou que um total de 12,1 bilhões de dólares foi arrecadado neste ano entre vendas de ativos, concessões na área de infraestrutura e desinvestimentos. A meta citada pelo secretário para este ano é de 20 bilhões de dólares. "Espero que (eu) possa superar minha meta", afirmou.
O secretário disse que os presidentes da Caixa (CEF.UL), Pedro Guimarães, e da Petrobras, Roberto Castello Branco, são seus "dois maiores aliados" na agenda de desestatizações. "Vamos reduzir substancialmente o número de empresas subsidiárias da Petrobras", afirmou, citando o exemplo de Pasadena, refinaria localizada nos Estados Unidos e que está sendo vendida à Chevron.
Segundo ele, o governo está convicto de que a reforma da Previdência será aprovada pelo Congresso e gerará economia de "no mínimo" 1 trilhão de reais em dez anos.
"Acreditamos que a sensatez estará com o Congresso na hora da votação e que a reforma não será desidratada", afirmou o secretário em evento promovido pelo Itaú Unibanco em São Paulo.