Por Zuzanna Szymanska
FRANKFURT (Reuters) - Usar menos grãos e óleo vegetal em biocombustíveis não é a única opção para a Alemanha reduzir as emissões de CO2, disse o Ministério do Meio Ambiente nesta terça-feira, enquanto a guerra na Ucrânia estimulou Berlim a acelerar os planos para limitar a produção de combustível a partir de produtos agrícolas.
A União Europeia concordou com um teto de 7% para biocombustíveis à base de produtos alimentícios.
A Alemanha, que é o maior produtor de colza da União Europeia, decidiu reduzir mais esse número --mais recentemente para 4,4%-- e agora parece diminuir ainda mais, com o Ministério da Agricultura dizendo que está trabalhando em uma nova legislação para conseguir isso.
A Ucrânia é um dos principais exportadores agrícolas da Europa e a guerra no país interrompeu o abastecimento e levou a Alemanha a agir mais rapidamente para reduzir o uso de grãos e óleos vegetais em biocombustíveis.
"Milho, colza ou soja não são o único caminho. Os fabricantes de combustível podem usar biocombustíveis sintéticos e baseados em resíduos, eletricidade e hidrogênio verde", disse um porta-voz do ministério, comentando sobre uma reportagem da mídia que a Alemanha limitaria a produção de combustíveis agrícolas.
A medida ocorre depois que a Alemanha decidiu interromper os subsídios ao óleo de palma como componente de combustível a partir de 2023, embora a União Europeia continue a permitir o aditivo até 2030.