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Hapvida tem 4T pressionado por Covid-19; analistas mantêm otimismo com fusão

Publicado 19.03.2021, 13:52
© Reuters.
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Por Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - Os papéis da Hapvida (SA:HAPV3) subiam 1,65% no início da tarde desta sexta-feira (19) após a companhia apresentar lucro líquido de R$ 94,3 milhões no quarto trimestre do ano passado, com analistas elogiando o desempenho, apesar de ter sido afetado com custos de sinistralidade e de provisões.

Perto das 13h30, os papéis eram negociados a R$ 15,41, com queda acumulada de 8,5% nos últimos trinta dias e alta de 99% nas últimas 52 semanas.

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Para os analistas da XP Investimentos, a Hapvida apresentou um desempenho sólido na receita, ofuscado por provisões do SUS acima do esperado.

Eles destacam a pressão, já esperada, sobre os custos médicos, com a Covid-19 alterando a sazonalidade do quarto trimestre. A sinistralidade caixa atingiu 59,5%, um aumento de 2,7 pontos percentuais em relação ao último trimestre de 2019, com um aumento atípico de procedimentos eletivos que foram adiados de meses anteriores devido à pandemia.

A surpresa negativa, escreveram em relatório, foi relacionada às provisões do SUS que atingiram R$ 106 milhões no trimestre, contra R$ 69 milhões um ano antes, o que representa uma pressão de 0,8 ponto porcentual nas margens.

Os analistas assinalam que, de acordo com a companhia, o aumento é relacionado com um maior número de faturas do SUS emitidas no trimestre, visto que a emissão foi suspensa durante o segundo e terceiro trimestres de 2020.

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Ainda assim, a geração de caixa livre (excluindo aquisições), que totalizou R$ 1,5 bilhão em 2020, alta de 52% em relação a 2019, confirma a forte capacidade operacional da Hapvida, reforçando a visão positiva sobre a empresa da XP.

Para eles, o foco de curto prazo deve ser na fusão com a NotreDame Intermédica (SA:GNDI3), que deve “criar muito valor por meio de sinergias”. Eles mantiveram a recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 21 por ação.

O que dizem Goldman Sachs e BTG Pactual (SA:BPAC11)

Para os analistas do Goldman Sachs, os benefícios das recentes aquisições da empresa se mostraram limitados no balanço, apontando para os desafios do crescimento inorgânico da empresa.

Eles mantiveram a recomendação Neutra, apesar de também verem a fusão com a Intermédica como possível catalisador do papel.

Para eles, outras chances de alta incluem benefícios melhores que o esperado pela aquisição da São Francisco Saúde e uma melhora no ambiente macroeconômico, que pode elevar a participação dos planos de saúde no mercado.

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Entre os riscos, incluem possíveis mudanças nas regulações da Agência Nacional de Saúde, aquisições mais caras e mais gastos para expandir as operações.

Já o BTG Pactual disse, também em relatório, que a execução da empresa foi sólida, mas que os eventos não-recorrentes mitigaram os resultados. Eles elogiaram o crescimento orgânico do grupo, mas sinalizaram que os efeitos com a Covid-19 devem permanecer pressionando os resultados no curto prazo.

Ainda assim, mantiveram a recomendação de Compra, elevando o preço-alvo de R$ 16 para R$ 19 para incluir os números do trimestre, as recentes fusões e aquisições e a alta da Selic no modelo.

Segundo os analistas, os custos com a fusão da Intermédica já estão implicados no preço, mas ainda há espaço para alta da ação com as sinergias resultantes.

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