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Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) -O órgão ambiental federal Ibama decidiu pedir mais informações à Petrobras no âmbito do processo de licenciamento para a perfuração de um poço na Bacia da Foz do Amazonas, e sugeriu a realização de uma reunião na quinta-feira, conforme documentos vistos pela Reuters nesta terça-feira.
A decisão ocorre após um novo parecer técnico do órgão, anexado ao processo na segunda-feira, apontar que ainda há "pendências e incertezas" quanto às informações apresentadas nos planos de Emergência Individual e de Proteção à Fauna pela petroleira estatal.
O Ibama havia aprovado um teste de resposta a emergências realizado pela Petrobras em agosto, mas solicitou ajustes antes de decidir sobre se concederá a licença ou não. A petroleira havia respondido em 26 de setembro.
Procurada, a Petrobras afirmou em nota que "irá atender a todos os questionamentos do instituto, conforme vem fazendo desde o início do processo e em completo respeito às exigências do processo de licenciamento ambiental".
A petroleira disse ainda que, no decorrer desta semana, serão realizadas diversas reuniões para esclarecimentos técnicos do processo de licenciamento e que "segue confiante que a licença de operação será emitida em breve".
A Petrobras busca há anos uma licença para perfurar na Bacia da Foz do Amazonas, em região onde a indústria petroleira acredita ser possível haver grandes reservas capazes de abrir uma nova fronteira exploratória. Entretanto, a área tem enormes desafios socioambientais e sua exploração enfrenta forte resistência de grupos da sociedade e até mesmo de parte do governo federal.
Na véspera, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou em nota que, desde 2022, a Petrobras já aplicou mais de R$1 bilhão somente com atividades relacionadas ao licenciamento ambiental, sendo R$543 milhões com aluguel da sonda de perfuração, R$327 milhões com embarcações e R$142 milhões com serviços aéreos.
(Por Marta Nogueira; edição de Letícia Fucuchima e Pedro Fonseca)