Ibovespa avança com cena corporativa em foco e aval de NY; RD Saúde dispara

Publicado 06.08.2025, 17:08
Atualizado 06.08.2025, 17:40
© Reuters. Painel eletrônico mostra cotações na B3, em São Paulon05/08/2024 REUTERS/Carla Carniel

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, em meio a um noticiário corporativo intenso, com RD (BVMF:RADL3) Saúde entre os destaques positivos após resultado trimestral acima do esperado, assim como Itaú, que mostrou desempenho sólido no segundo trimestre e reforçou perspectiva de dividendo adicional.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 1,04%, a 134.537,62 pontos, tendo marcado 135.240,61 pontos na máxima e 133.169,04 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou R$22,15 bilhões.

Na visão do analista Sidney Lima, da Ouro Preto Investimentos, a performance do Ibovespa refletiu a repercussão positiva de balanços corporativos, em um dia também de apetite a risco no exterior e fluxos positivos para mercados emergentes.

Em Nova York, o S&P, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em alta de 0,73%, com resultados de empresas também sob os holofotes, além de expectativas sobre cortes de juros nos Estados Unidos no próximo mês após dados econômicos mais fracos divulgados recentemente.

De acordo com o analista Arthur Barbosa, da Aware Investments, a perspectiva de moderação na atividade econômica dos EUA aumentou as apostas por novos cortes de juros pelo Federal Reserve em 2025. "Isso tem reduzido os prêmios de risco para investimentos em mercados emergentes, como o Brasil."

Apesar da percepção de agentes em relação a fluxos, dados da B3 (BVMF:B3SA3) ainda mostram um saldo negativo nos dados de capital externo no mercado secundário, com agosto registrando saída líquida de R$433 milhões nos dois primeiros pregões do mês.

Após uma série de resultados trimestrais conhecidos entre o fechamento da terça-feira e a abertura desta quarta-feira, uma nova bateria de números está prevista para o final do dia, incluindo dados Braskem (BVMF:BRKM5), Cogna (BVMF:COGN3), Copel (BVMF:CPLE6), Eletrobras (BVMF:ELET3), Minerva, Hypera (BVMF:HYPE3), Rede D’Or (BVMF:RDOR3) e Suzano (BVMF:SUZB3).

DESTAQUES

- RD SAÚDE ON disparou 18,67%, na esteira do balanço do segundo trimestre da dona das redes de farmácias Raia e Drogasil, com Ebitda ajustado de R$885 milhões, crescimento de 7,4% e acima das previsões no mercado. "Os resultados do segundo trimestre confirmaram nossa visão de que o pior já passou e esperamos que o mercado reaja positivamente diante de uma maior visibilidade dos lucros e espaço para revisões para cima", destacaram analistas do Bradesco BBI.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) subiu 1,26%, após mostrar resultado sólido no segundo trimestre, com lucro de R$11,5 bilhões, e revisar para cima perspectiva sobre margem com clientes. Executivos do banco ainda ressaltaram a qualidade dos indicadores de crédito e reafirmaram perspectiva de dividendo adicional. BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) recuou 0,13%, enquanto SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) e BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) avançaram 0,73% e 0,43%, respectivamente.

- MINERVA ON (BVMF:BEEF3) valorizou-se 6,28% antes da divulgação do balanço do segundo trimestre, após o fechamento. Previsões de analistas compiladas pela LSEG apontam resultado operacional medido pelo Ebitda de R$1,166 bilhão. De pano de fundo no dia, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostraram nesta quarta-feira que a exportação de carne bovina in natura do Brasil, maior exportador global, atingiu um recorde de 276,9 mil toneladas em julho.

- USIMINAS PNA (BVMF:USIM5) subiu 2,34%, após a CSN anunciar a venda de novo lote de ações da empresa, reduzindo a participação na rival para 4,99% e se adequando a ordens do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O tribunal do Cade também decidiu nesta quarta-feira dar um prazo de cinco dias para que a área técnica do órgão calcule eventual multa a ser aplicada contra a CSN em caso relativo à participação da empresa na Usiminas. CSN ON (BVMF:CSNA3) recuou 0,28%.

- GPA ON desabou 10,36%, após a dona da rede Pão de Açúcar (BVMF:PCAR3) anunciar na noite da véspera que vai deixar de divulgar projeções para abertura de novas lojas citando "menor intensidade prevista de inaugurações no segundo semestre de 2025 e ao longo de 2026". A decisão, afirmou, reflete a combinação entre o avanço relevante já alcançado no plano de expansão e um ambiente macroeconômico mais desafiador. O GPA divulgou na véspera prejuízo de R$216 milhões no segundo trimestre.

- BRAVA recuou 1,87%, tendo no radar anúncio de que foram liquidados pela Yinson Production Offshore recebíveis atrelados ao financiamento da companhia ao projeto do navio-plataforma (FPSO) Atlanta, que opera na bacia de Santos. A transação contempla o recebimento de US$260 milhões. A Brava também divulga balanço após o fechamento. Na véspera, as ações encerraram em alta de 5,7%. No setor, PRIO ON (BVMF:PRIO3) caiu 2,04% e PETRORECONCAVO ON cedeu 0,98%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) registrou acréscimo de 0,12%, com os preços do petróleo perdendo fôlegoao longo da sessão. O barril do Brent fechou com declínio de 1,1%.

- VALE ON (BVMF:VALE3) recuou 0,63%, tendo como pano de fundo a fraqueza dos preços dos contratos futuros de minério de ferro na China e em Cingapura.

- EMBRAER ON (BVMF:EMBR3) caiu 0,94%, abandonando ganhos de parte da sessão, tendo como pano de fundo "ajustes" divulgados pela fabricante de aviões no balanço do segundo trimestre, publicado na véspera. O resultado líquido passou de prejuízo de R$53,4 milhões para lucro de R$675 milhões. Segundo empresa, a alteração se deu devido a um ajuste no valor reportado na linha de imposto de renda e contribuição social diferidos. O presidente da Embraer também afirmou que a companhia espera fechar novos negócios nos EUA, apesar das tarifas de importação do país.

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