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Ibovespa avança com resultado recorde da Petrobras; Ultrapar e Ambev pesam

Publicado 25.02.2021, 11:33
© Reuters. Sede da Petrobras no Rio de Janeiro
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa buscava manter sinal positivo nesta quinta-feira, apoiado principalmente na Petrobras após resultado recorde no último trimestre de 2020, mas o fôlego era contido pela reação a números menos animadores de Ultrapar e Ambev.

Às 11:07, o Ibovespa subia 0,34 %, a 116.061,22 pontos. O volume financeiro era de 5,7 bilhões de reais.

Em meio à temporada de balanços, a equipe da CM Capital Markets também chamou a atenção o avanço nas propostas de privatização entre os fatores positivos para a bolsa brasileira, conforme nota enviada a clientes.

Na véspera, o governo entregou à Câmara dos Deputados um projeto de lei que define o novo marco do setor postal, proposta esta que permite a desestatização dos Correios e a atuação da iniciativa privada na área.

LEIA MAIS: Correios: PL prevê parcerias com iniciativa privada por meio de concessões

Um dia antes, o governo do presidente Jair Bolsonaro havia entregado ao Congresso Nacional a medida provisória relacionada à privatização da Eletrobras (SA:ELET3).

No exterior, os futuros do Nasdaq e do S&P 500 continuavam sob pressão, com os investidores saindo de ações relacionadas a tecnologia e passando para papéis que devem se beneficiar de uma recuperação econômica neste ano.

DESTAQUES

- PETROBRAS ON (SA:PETR3) e PETROBRAS PN (SA:PETR4) avançavam 3,41% e 2,46%, respectivamente, após lucro de 59,9 bilhões de reais no quarto trimestre do ano passado, principalmente devido a uma reversão de baixa contábil bilionária relacionada aos preços do petróleo.

VEJA: Petrobras lidera pregão após resultado recorde; teleconferência no radar

- ULTRAPAR ON (SA:UGPA3) caía 4,84%, tendo no radar queda da receita no último trimestre do ano passado, com o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, excluindo efeitos não recorrentes, caindo 11%.

- AMBEV ON (SA:ABEV3) recuava 2,45%, mesmo após crescimento de volumes e receitas, uma vez que as margens continuaram pressionadas e a fabricante de bebidas estimou impactos significativos de câmbio, assim como de commodities, que pressionarão a margem Ebitda em 2021.

- SULAMÉRICA UNIT (SA:SULA11) perdia 2,15%, após o lucro líquido das operações continuadas de outubro a dezembro desabar 90% contra um ano antes, para 42,6 milhões de reais.

- VALE ON (SA:VALE3) subia 0,42%, também ajudando do lado positivo, antes da divulgação do balanço do quarto trimestre do ano passado nesta quinta-feira, após o fechamento da bolsa. Projeções compiladas pela Refinitiv apontam resultado operacional medido pelo Ebitda de 8,98 bilhões de dólares.

© Reuters. Sede da Petrobras no Rio de Janeiro

- BANCO DO BRASIL ON (SA:BBAS3) avançava 2,18%, melhor desempenho entre os bancos do Ibovespa, dada a melhora no sentimento em relação a companhias de controle estatal. ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) cedia 0,04% e BRADESCO PN (SA:BBDC4) subia apenas 0,17%.

- COGNA ON (SA:COGN3) valorizava-se 3,08%, em sessão de ajustes, após cinco pregões consecutivos de queda, período em que acumulou declínio de 8,45%, fechando na véspera na mínima desde abril de 2020.

- LOJAS AMERICANAS PN (SA:LAME4) mostrava elevação de 2,03%, também entre os destaques positivos. A varejista e a BR Distribuidora (SA:BRDT3) selaram acordo vinculante para a formação de parceria visando a exploração do negócio de conveniência. BR DISTRIBUIDORA ON subia 0,5%.

LEIA TAMBÉM: BR Distribuidora e Americanas selam parceria em lojas de conveniência

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