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Ibovespa avança mais de 1% e volta aos 100 mil pontos com impulso de commodities

Publicado 25.07.2022, 17:53
© Reuters.
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SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa subiu mais de 1% de nesta segunda-feira e voltou a fechar acima dos 100 mil pontos, com ações de exportadoras de commodities sustentando a alta do índice mesmo em dia sem direção comum em Wall Street.

Petrobras e Vale foram as principais influências positivas ao índice, enquanto Hapvida (BVMF:HAPV3) foi destaque negativo.

O Ibovespa subiu 1,36%, a 100.269,85 pontos, maior nível de fechamento desde 8 de julho. O índice não alcançava o patamar dos 100 mil pontos no intradiário desde o dia 11. O volume financeiro foi de 17,2 bilhões de reais.

Na máxima do dia, o Ibovespa alcançou 100.508,09 pontos, enquanto na mínima chegou a 98.925,16 pontos.

"Ibovespa descolando de Nova York com destaque positivo para os ativos de commodities, principalmente as petrolíferas", disse Regis Chinchila, analista da Terra Investimentos.

Em Wall Street, o Nasdaq Composite cedeu 0,43%, mas o S&P 500 avançou 0,1% e o Dow Jones subiu 0,3%.

A aposta majoritária no mercado é de elevação em 0,75 ponto percentual no juro pelo Federal Reserve, mesma alta da última reunião. Os investidores devem focar na declaração de Jerome Powell, presidente do banco central dos EUA, após a decisão, em busca de pistas sobre o ritmo de aperto monetário adiante.

O mercado também está atento à temporada de balanços, com divulgação de números nesta semana por empresas incluindo Apple (NASDAQ:AAPL) e Meta (NASDAQ:META), dona do Facebook, enquanto no Brasil Vale, Petrobras e Santander Brasil (BVMF:SANB11) estarão entre os destaques.

A cena local trouxe ainda dados da balança comercial e conta corrente. O secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, disse que o governo central caminha para encerrar 2022 com um déficit primário próximo de zero ou um superávit, no que poderia ser o primeiro saldo positivo das contas federais após oito anos.

Destaques

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) disparou 4,7%, a 30,70 reais, maior fechamento desde 26 de maio, diante de alta nos preços do petróleo em meio a temores com oferta e enfraquecimento do dólar. PETRORIO ON (BVMF:PRIO3) valorizou-se 4,2% e 3R PETROLEUM ON exibiu ganhos de 2,8%.

- VALE ON (BVMF:VALE3) subiu 1,9%, terceira alta seguida, após o minério de ferro disparar na Ásia, com expectativa de recuperação econômica da China, maior consumidora de aço do mundo, no terceiro trimestre, e perspectiva de apoio ao setor imobiliário do país. Siderúrgicas também avançaram, com GERDAU PN (BVMF:GGBR4) ganhando 2%.

- GPA (BVMF:PCAR3) ON afundou 7%, para 15,71 reais, menor fechamento desde a listagem do Assaí (BVMF:ASAI3) no início de 2021, após o JPMorgan (NYSE:JPM) rebaixar a recomendação do papel de "overweight" para "neutra" e cortar o preço-alvo em cerca de 43%. O banco previu menor visibilidade de gatilhos para ação que justifiquem uma recomendação mais favorável.

- IRB ON (BVMF:IRBR3) cedeu 5,5%, estendendo a queda da última sessão após divulgar prejuízo em maio, elevando temores sobre a posição de capital da resseguradora. A ação renovou sua mínima histórica de fechamento, a 1,89 real.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) teve alta de 1,5%, enquanto BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) avançou 1,4%, em sessão positiva para grandes bancos.

- QUALICORP ON (BVMF:QUAL3) perdeu 4,1% após analistas do Citi rebaixarem recomendação da ação a "venda", de "neutro".

- EMBRAER ON (BVMF:EMBR3) caiu 0,7% após a fabricante de aeronaves anunciar que entregou 32 jatos no segundo trimestre, sendo 11 comerciais e 21 executivos, alta forte ante os três primeiros meses do ano, mas leve queda na base anual. O Itaú BBA considerou os resultados fracos no geral, ainda que a carteira de pedidos firmes tenha sido a maior em 4 anos.

(Por Andre Romani)

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