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Ibovespa emenda 2ª alta e retoma o nível de 118 mil pontos, com Petrobras

Publicado 23.08.2023, 14:57
© Reuters.  Ibovespa emenda 2ª alta e retoma o nível de 118 mil pontos, com Petrobras

Com forte apoio de Petrobras (BVMF:PETR4) (ON +5,70%, PN +5,33%), o Ibovespa obteve o terceiro ganho diário do mês, e o segundo consecutivo, retomando o nível de 118 mil pontos, não visto em fechamento desde o último dia 11. Ao fim, a referência da B3 (BVMF:B3SA3) mostrava alta de 1,70%, aos 118.134,59 pontos, entre mínima de 116.158,89 e a máxima do dia no encerramento da sessão, em que saiu de abertura aos 116.159,67, quase idêntica ao piso. O giro financeiro subiu para R$ 25,3 bilhões. Na semana, o Ibovespa avança 2,36%, limitando as perdas de agosto a 3,12% - no ano, o índice sobe 7,65%.

Desde o início da tarde, a acentuação de máximas na B3 acompanhou o movimento de Nova York, onde o índice amplo, S&P 500, e o tecnológico, Nasdaq, passavam a mostrar a partir de então ganhos acima de 1% nesta quarta-feira, refletindo a melhora observada na curva de juros americana.

No fechamento, que coincidiu nesta quarta-feira com o pico da sessão, o Ibovespa perfurou a máxima intradia da segunda-feira, 14, da semana passada (118.081,90), quando seguia em correção - a caminho naquele momento da 10ª perda em série negativa que totalizaria 13 sessões. Olhando o copo em outra perspectiva, desde então, nas quatro últimas sessões, o Ibovespa subiu em três com a desta quarta - em alta na casa de 1,5%, na terça, e de 1,7%, nesta quarta-feira.

No fechamento, Dow Jones avançava nesta quarta 0,54%, S&P 500, 1,10%, e Nasdaq, 1,59%. "Da mesma forma que a Bolsa acompanhou os mercados de fora na queda, acompanha agora na retomada, com bom desempenho do Ibovespa nessas últimas duas sessões, em meio a essa 'enxugada' que se vê agora nos rendimentos dos Treasuries", diz Felipe Moura, sócio e analista da Finacap Investimentos, destacando também a aprovação final, na noite de terça, do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados - "embora já estivesse amplamente colocada no preço" dos ativos, ressalva.

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"Um dia de força do Ibovespa que se soma ao bom humor internacional, desde cedo. Dados mais fracos de atividade econômica acabaram soando bem ao mercado, fortalecendo a ideia de fim de ciclo de aperto monetário, especialmente na Europa, na véspera do simpósio de Jackson Hole, que começa amanhã", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, referindo-se ao evento anual organizado pelo Fed de Kansas City, no Wyoming (EUA), com pronunciamentos de diversas autoridades monetárias, entre as quais o presidente do BC americano, Jerome Powell, que falará na sexta-feira. "Os dados tiveram impacto na curva de juros e, consequentemente, nos ativos financeiros", acrescenta o analista da Empiricus.

"Os investidores acompanharam de perto, hoje, o resultado de índices de gerentes de compras (PMIs), com dados de Estados Unidos e Europa em destaque. A mensagem clara de que a economia global perde força - com PMIs registrando, em sua maioria, resultados abaixo do esperado, e alguns já sinalizando patamar de contração - alimentou o bom humor, especialmente na Bolsa", aponta Rachel de Sá, chefe de economia da Rico Investimentos, destacando o arrefecimento dos juros de longo prazo nos Estados Unidos, na medida em que o PMI composto (manufatura e serviços) mostra "cenário muito próximo de contração da maior economia do mundo".

Apesar do sinal negativo para o petróleo, em queda de quase 1% para o Brent e o WTI nesta quarta-feira, as ações de Petrobras foram favorecidas pela recomendação de compra feita pelo Bank of America (NYSE:BAC) (BofA), com preço-alvo passando de R$ 33,00 para R$ 45,00 por ação, e de US$ 13,20 para US$ 18,00 por ADR, com potencial de valorização de 34% (ON), 47% (PN) e 33% (ADR) em relação ao fechamento anterior dos papéis. Nesta quarta, a ON fechou a R$ 35,41 e a PN, a R$ 32,24, esta na máxima do dia.

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A opinião positiva do BofA se baseia nas expectativas de que a empresa pagará dividendos extraordinários, considerando que a estatal não tem uma reserva legal e, portanto, não pode reter dinheiro. E o banco acredita também que o governo brasileiro apoia dividendos extraordinários, dada a situação fiscal.

Além de Petrobras, a ação de maior peso individual no Ibovespa, Vale ON (BVMF:VALE3) (+0,74%), embora na mínima do dia no fechamento (R$ 63,04), foi bem na sessão, em meio à recuperação dos preços do minério de ferro na China que, na terça, já haviam fechado no maior nível em três semanas. Nesta quarta-feira, o contrato futuro mais negociado do minério, em Dalian (China), fechou em alta de 3,68%.

"Ainda não há notícias positivas vindo da China e o que se vê no minério é mais uma correção técnica", aponta Helder Wakabayashi, analista da Toro Investimentos, destacando que a melhora observada no Ibovespa, desde a manhã, decorreu também do fechamento da curva de juros brasileira. "Hoje os juros operaram num campo bom, principalmente os trechos mais longos, em retração. O fechamento da curva traz viés um pouco mais positivo para Bolsa", acrescenta o analista.

O empresário Benjamin Steinbruch, acionista e presidente do grupo CSN (BVMF:CSNA3), disse nesta quarta não acreditar na possibilidade de uma recessão na China, e espera que o governo chinês venha a adotar iniciativas para impulsionar a retomada do consumo. "No mercado de mineração, a questão é a China. Quando achamos que o ambiente na China vai melhorar, piora; e quando achamos que vai piorar, melhora. Ficamos à mercê desses movimentos", disse Steinbruch, durante participação na 24ª Conferência Anual Santander (BVMF:SANB11).

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Além do setor de commodities, o dia também foi positivo para outro segmento de peso, o financeiro, com destaque entre os grandes bancos para Bradesco (BVMF:BBDC4) (PN +1,38%). Na ponta do Ibovespa, São Martinho (BVMF:SMTO3) (+7,64%) e Eletrobras (BVMF:ELET3) (ON +7,31%, PNB +5,91%), além das duas ações de Petrobras, bem como de Alpargatas (BVMF:ALPA4) (+5,68%) e Locaweb (BVMF:LWSA3) (+5,56%). No lado oposto, Pão de Açúcar (BVMF:PCAR3) (-19,39%), bem à frente de Via (BVMF:VIIA3)(-2,40%), de BRF (BVMF:BRFS3) (-2,31%) e Minerva (BVMF:BEEF3) (-2,14%) na sessão.

Em relatório no qual examina a sequência de 13 perdas diárias no Ibovespa entre 1º e 17 de agosto - a maior da série iniciada em 1968 para a bolsa brasileira -, a Guide Investimentos aponta que "boa parte da explicação" para a correção em torno de 6% para o índice no intervalo decorre do ambiente externo, em razão de "dados desapontadores na China" e da "recente alta nas taxas de juros de mercado nos EUA".

"Além dos fatores internacionais, outro ponto que vale destacar no caso do Brasil é que os resultados do 2T23 foram fracos. Empresas como Vale, Petrobras e Bradesco divulgaram resultados que desapontaram os investidores. Como estas empresas estão entre as maiores do Ibovespa, os resultados pressionaram o índice", acrescenta.

A casa observa também, com recurso a gráficos, que nos "momentos de mercado de alta, como entre 2004 e 2007 ou entre 2016 e 2019, as correções costumam ser menores", enquanto em "momentos de mercado de baixa, como entre 2011 e 2015, as correções costumam ser maiores e mais frequentes".

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"Nossa visão é de que o mercado de ações ainda está em tendência de alta, impulsionada pelo início do ciclo de cortes de juros no Brasil", pontua a Guide, que avalia ser prudente evitar, no momento, "nomes mais cíclicos ou empresas muito endividadas e com resultados fracos" - e que a queda acumulada em agosto gera oportunidades de compra em muitas ações, sem a necessidade de escolha de "nomes muito arriscados".

"Em agosto até agora, as maiores altas foram de empresas exportadoras como Minerva, Suzano (BVMF:SUZB3), Embraer (BVMF:EMBR3) e BRF. Além da depreciação do real, algumas destas empresas ainda contaram com resultados fortes no 2T23 (divulgados em agosto), o que favoreceu a alta. Do lado negativo, empresas com dívida em dólar, como as companhias aéreas, e também empresas com histórico recente de resultados fracos, como Petz (BVMF:PETZ3), Via e G. Soma, estão entre as maiores quedas", acrescenta o relatório, assinado pelo head de research da Guide Investimentos, Fernando Siqueira.

*Com Isabela Moya e Jorge Barbosa

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