SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista ensaiava uma melhora nesta quinta-feira, com as ações da Petrobras e de bancos entre as principais contribuições positivas, enquanto os papéis da BRF (SA:BRFS3) recuavam quase 5 por cento após anúncio de venda de ativo e adiamento de metas para dívida.
Às 11:51, o Ibovespa subia 0,55 por cento, a 95.153,66 pontos. O volume financeiro somava 3,01 bilhões de reais.
Na véspera, o principal índice de ações da B3 fechou em queda de 3,74 por cento, a 94.635,57 pontos, maior queda diária desde maio de 2018, em sessão de realização de lucros guiada principalmente por bancos, além do declínio de Vale (SA:VALE3).
A equipe da XP Investimentos afirmou que, apesar do declínio da véspera, continua otimista e acredita que 2019 pode ser transformacional para o Brasil com a evolução das reformas necessárias.
Eles reiteraram, contudo, que o mercado antecipou parte da melhora no cenário no Brasil e que fevereiro pode ser de volatilidade, com respiro no Ibovespa.
Análise gráfica da Ágora aponta que o índice iniciou o movimento de queda esperado em direção ao primeiro apoio marcado nos 94.500, podendo estender até perto de 93.100 ou mais abaixo, nos 91.200, nível onde a força compradora poderia atuar.
O cenário externo mais negativo atenuava uma recuperação mais forte, com Wall Street caminhando para uma abertura em baixa, com preocupações sobre crescimento pesando nos negócios após a União Europeia cortar previsões para a economia.
DESTAQUES
- BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) subia 1,31 por cento, após desabar 6,09 por cento na véspera, capitaneando os ganhos de bancos listados no Ibovespa, enquanto as maiores influências positivas vinham de ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) e BRADESCO PN (SA:BBDC4), que avançavam 0,94 e 0,66 por cento, respectivamente.
- PETROBRAS PN (SA:PETR4) valorizava-se 0,51 por cento, a despeito da queda dos preços do petróleo, ajudando a sustentar o Ibovespa no azul.
- VALE cedia 0,71 por cento, tendo já oscilando nos campos positivo e negativo desde a abertura, ainda afetada por temores sobre os desdobramentos da tragédia com o rompimento de uma barragem da empresa, que já matou mais de 150 pessoas. O Morgan Stanley (NYSE:MS) cortou a recomendação para 'equal-weight'.
- CSN (SA:CSNA3) tinha alta de 2,69 por cento, em sessão positiva para siderúrgicas, que também sofreram na véspera. Entre outras notícias favoráveis ao setor, a ArcelorMittal, maior grupo siderúrgico do mundo, previu moderado aumento na demanda global por aço neste ano, alertando que o Brasil será o mercado de maior crescimento.
- BRF perdia 4,96 por cento, após anunciar a venda de operações na Europa e Tailândia para a norte-americana Tyson Foods por 340 milhões de dólares e informar que vai levar mais seis meses para cumprir meta de redução de dívida definida em meados do ano passado.
- KLABIN UNIT (SA:KLBN11) tinha acréscimo de 1,09 por cento, após a produtora de celulose e papel para embalagens reportar lucro líquido de 913 milhões de reais no quarto trimestre, um salto ante o resultado negativo de 83 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
(Por Paula Arend Laier)