Ibovespa fecha em alta com IPCA-15 e Wall Street

Publicado 27.05.2025, 17:05
Atualizado 27.05.2025, 17:45
© Reuters. Sede da B3n09/03/2021nREUTERS/Amanda Perobelli

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, renovando máxima intradia no melhor momento, embalado pelo IPCA-15 abaixo do esperado em maio, que endossou apostas de eventual pausa no ciclo de alta da Selic, bem como pelo viés positivo nos pregões em Wall Street.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,02%, a 139.541,23 pontos, tendo marcado 140.381,93 pontos na máxima, novo topo histórico intradia, e 138.136,49 pontos na mínima da sessão. O volume financeiro somou R$22,98 bilhões.

De acordo com dados divulgados pelo IBGE, a inflação medida pelo IPCA-15 ficou em 0,36% em maio, após 0,43% no mês anterior, enquanto a taxa em 12 meses alcançou 5,40%, de 5,49% em abril. Expectativas de economistas em pesquisa da Reuters apontavam altas de 0,44% e 5,49%, respectivamente.

"Esse número coloca mais ’um prego’ no caixão de uma nova alta de juros na reunião de junho", afirmou o economista-chefe da G5 Partners, Luis Otávio Leal, referindo-se ao encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que terá sua decisão conhecida no dia 18 do próximo mês.

"O investidor vê esse fim de alta de juro e já está começando a precificar isso dentro da bolsa", acrescentou Willian Queiroz, sócio e advisor da Blue3 Investimentos.

Em Nova York, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, subiu cerca de 2% na volta do fim de semana prolongado por feriado na segunda-feira, com agentes repercutindo desdobramentos mais positivos envolvendo as discussões comerciais entre Estados Unidos e União Europeia.

No domingo, o presidente norte-americano, Donald Trump, recuou de sua ameaça de impor tarifas de 50% sobre as importações da UE em junho, restabelecendo o prazo de 9 de julho, enquanto autoridades do bloco europeu solicitaram a empresas e CEOs da UE planos para se prepararem para as negociações com Washington.

DESTAQUES

- VAMOS ON (BVMF:VAMO3) avançou 9,69%, apoiada pelo alívio nas taxas dos contratos de DI, que favoreceu também papéis como CVC (BVMF:CVCB3) BRASIL ON , que encerrou com alta de 6,67%; ASSAÍ ON, que terminou com elevação de 7,61%; e LOCALIZA ON (BVMF:RENT3), que fechou com acréscimo de 4,41%.

- AZZAS 2154 ON valorizou-se 6,11%, tendo ainda no radar relatório do Citi, que aumentou o preço-alvo das ações para R$52 e reiterou recomendação de compra/alto risco, citando que a relação risco versus retorno dos papéis permanece enviesada para cima.

- BTG PACTUAL (BVMF:BPAC11) UNIT subiu 2,75%, melhor desempenho entre os bancos do Ibovespa, com BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) avançando 2,04%, ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) fechando com acréscimo de 0,79% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) em alta de 0,13%. BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) cedeu 0,41%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) subiu 0,73%, mesmo com o declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent terminou negociado em baixa de 1%. A estatal informou na véspera que está considerando uma "potencial emissão de debêntures incentivadas" de até R$3 bilhões.

- PETZ ON (BVMF:PETZ3) recuou 4,15%, em meio a preocupações com maior escrutínio do Cade sobre a operação de fusão da companhia com a Cobasi. Nota técnica produzida pelo Departamento de Estudos Econômicos (DEE) do órgão antitruste citou riscos à concorrência, especialmente no segmento de varejo físico.

- VALE ON (BVMF:VALE3) cedeu 0,31%, conforme os contratos futuros do minério de ferro caíram pela terceira sessão consecutiva com novos rumores sobre cortes na produção de aço bruto na China. CSN MINERAÇÃO ON (BVMF:CMIN3) caiu 5,8%, tendo ainda no radar "downgrade" de analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS).

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