Ibovespa fecha em alta com RD Saúde em destaque e reação de BB

Publicado 04.08.2025, 17:09
Atualizado 04.08.2025, 17:35
© Reuters. Painel eletrônico mostra variações de índices na B3, em São Paulon10/07/2025 REUTERS/Alexandre Meneghini

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, mas em pregão com volume financeiro reduzido, tendo RD (BVMF:RADL3) Saúde entre os destaques positivos em semana de divulgação de balanço, assim como Banco do Brasil, que reagiu após tombo na sexta-feira com receios sobre o resultado do segundo trimestre.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,4%, a 132.971,20 pontos, tendo marcado 133.928,94 pontos na máxima e 132.439,54 pontos na mínima. O volume financeiro somou R$15,22 bilhões, bem abaixo da média diária do ano de R$24,1 bilhões.

A bolsa paulista descolou da performance mais robusta nos pregões norte-americanos, onde o S&P 500 fechou o dia com elevação de 1,47%, refletindo busca por pechinchas após queda mais forte na sessão anterior e aumento de apostas em um corte na taxa de juros dos Estados Unidos em setembro.

Investidores na B3 (BVMF:B3SA3) têm no radar uma bateria de balanços nos próximos dias, entre eles os resultados de Itaú e Petrobras, enquanto continuam acompanhando as tratativas comerciais entre Brasil e Estados Unidos, com a nova tarifa norte-americana para vários produtos brasileiros entrando em vigor nesta semana.

"Para nós, o case do Brasil continua positivo, já que os principais catalisadores permanecem: cortes de juros e eleições", afirmou Emy Shayo, cochefe de estratégia em ações para mercados emergentes e chefe de estratégia para América Latina e Brasil.

"Acreditamos que a recente performance abaixo do esperado foi exagerada, embora existam três bons motivos para isso: tarifas, China e resultados corporativos", acrescentou em relatório a clientes nesta segunda-feira, assinado também por Cinthya Mizuguchi.

Ponderando que agosto provavelmente não deve trazer muito alívio, considerando as férias de verão no hemisfério norte, Shayo chamou a atenção para compras na baixa conforme a questão das tarifas se estabiliza, o ciclo de afrouxamento monetário se aproxima e fluxos para mercados emergentes impulsionam o Brasil.

"Seguimos acreditando que o mercado brasileiro tem um piso, sustentado pelos catalisadores de médio prazo -- juros e eleições --, e estamos muito próximos ou já nesse patamar."

DESTAQUES

- RD SAÚDE ON disparou 8,54%, no segundo pregão de alta, após tocar uma mínima desde meados de 2019 na quinta-feira. A dona das redes de farmácias Raia e Drogasil divulga o resultado do segundo trimestre na terça-feira e, de acordo com analistas do Citi em relatório a clientes, deve mostrar números "melhores do que o temido".

- BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) subiu 2,02%, em dia positivo no setor, buscando recuperar parte das perdas da sexta-feira, quando o papel desabou quase 7% por receios sobre o resultado do banco no segundo trimestre, que será divulgado no próximo dia 14. Analistas chamaram a atenção para números do Banco Central sinalizando um lucro muito menor do que o previsto no mercado.

- BRF ON (BVMF:BRFS3) caiu 3,2%, após a maioria dos acionistas minoritários aprovar a fusão com a Marfrig, enquanto despacho do órgão antitruste Cade determinou a conversão do ato de concentração envolvendo negócio de sumário para ordinário, após recurso da Minerva (BVMF:BEEF3). Na terça-feira, BRF e Marfrig realizam assembleias sobre o acordo. MARFRIG ON (BVMF:MRFG3) recuou 0,42%.

- SUZANO (BVMF:SUZB3) ON recuou 1,87%, no terceiro pregão seguido no vermelho. A equipe da Ágora Investimentos chamou a atenção para notícia da agência RISI sobre atrasos no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que poderiam impactar negativamente os volumes domésticos de papel da empresa. No setor, KLABIN UNIT (BVMF:KLBN11) perdeu 0,33%.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) valorizou-se 1,06%, com balanço no dia 5, após o fechamento, também no radar. Diferentemente do BB, de acordo com analistas, dados de maio sobre os bancos mostram o Itaú como destaque positivo. BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11), que já mostraram seus números, subiram 0,75% e 2,05%, respectivamente.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) cedeu 0,16%, enfraquecida pelo declínio dos preços do petróleo no mercado internacional, com o barril do Brent fechando em baixa de 1,31%. Ainda no setor, BRAVA ENERGIA ON (SA:BRAV3), que também divulgou dados de produção de julho, perdeu 1,08%, PRIO ON (BVMF:PRIO3) caiu 1,24% e PETRORECONCAVO ON recuou 1,2%.

- VALE ON (BVMF:VALE3) avançou 0,8%, em meio à alta dos futuros do minério de ferro no exterior, refletindo a demanda firme de curto prazo, queda dos estoques portuários e margens saudáveis do setor siderúrgico na China. O contrato mais negociado na chinesa Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 0,76%.

- GERDAU PN (BVMF:GGBR4) subiu 1,12%, recuperando-se após duas quedas seguidas, sendo que apenas na sexta-feira os papéis caíram 4,69%. Analistas do UBS BB reiteraram recomendação de compra e preço-alvo de R$22 para as ações, bem como reafirmaram que são sua principal escolha no universo de cobertura de "materials" na América Latina.

- COGNA ON (BVMF:COGN3) caiu 1,44%, em semana com divulgação do balanço (dia 6). A companhia de educação divulgou mais cedo que seu conselho de administração aprovou a renúncia de Luiz Alves Paes de Barros como membro do colegiado, citando questões pessoais. Luiz Alves é sócio-fundador da gestora Alaska, que detém 15,9% da Cogna. No setor, YDUQS ON (BVMF:YDUQ3) cedeu 2,54%.

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