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Ibovespa avança com ajustes, mas volume baixo sugere cautela com regra fiscal e juros

Publicado 27.03.2023, 17:06
© Reuters. Bolsa de Valores B3
28/10/2021
REUTERS/Amanda Perobelli
BVSP
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, em sessão de ajustes após renovar mínimas desde meados de 2022 na semana passada, mas com volume bem abaixo da média, com agentes financeiros à espera do novo arcabouço fiscal.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,85%, a 99.670,47 pontos. O volume financeiro somou 16,5 bilhões de reais, em comparação com uma média diária em março de 26,6 bilhões de reais.

O Ibovespa vem de cinco semanas consecutivas de queda, período em que acumulou um declínio de cerca de 9,5%.

De acordo com Tiago Cunha, gestor de ações da Ace Capital, o desempenho da bolsa paulista pode ser entendido como correção técnica, uma vez que o ímpeto para compras segue contido, entre outros fatores, por dúvidas sobre a nova regra fiscal.

"Quem está comprando hoje é para posição de curto prazo ou fechando short (posição vendida) ou posição de giro rápido", afirmou, destacando o volume menor do que uma média já baixa.

No mercado, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiar por recomendação médica uma viagem à China prevista para o domingo, cresceu a expectativa de que o novo arcabouço fiscal possa ser apresentado ainda nesta semana.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que não há uma data definida para a apresentação da nova regra fiscal, mas que Lula terá reuniões nesta semana com os ministros da Fazenda e da Casa Civil, e que a questão será um dos temas desses encontros.

Estrategistas do JPMorgan (NYSE:JPM) avaliam que um bom pacote fiscal tem potencial de trazer alívio ao mercado, "considerando que é um elemento-chave no caminho para taxas de juros mais baixas", enquanto um projeto mal elaborado abriria espaço para novas quedas.

Para Emy Shayo e equipe, conforme relatório a clientes, há pouca chance de o mercado brasileiro de ações engatar uma tendência de alta na ausência de juros mais baixos, ou pelo menos expectativa de que exista caminho para isso.

Nesse contexto, as atenções também devem se voltar à divulgação na terça-feira da ata da reunião da semana passada do Banco Central sobre os juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a Selic em 13,75% ao ano e esfriou expectativas de um corte em breve.

Em Wall Street, nesta segunda-feira, Dow Jones e S&P 500 fecharam em alta, após acordo sobre os ativos do Silicon Valley Bank melhorar a confiança de investidores nos bancos, mas uma queda em ações de tecnologia pressionou o Nasdaq.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) fechou com alta de 1,71%, a 23,18 reais, em sessão de alta dos preços do petróleo no exterior, com o barril de Brent encerrou em alta de mais de 4%. No setor, PRIO ON subiu 4,43% e 3R PETROLEUM ON ganhou 1,9%.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) avançou 1,72%, a 23,62 reais, e BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) valorizou-se 1,81%, a 12,94 reais, endossando a recuperação na bolsa paulista.

- ELETROBRAS ON (BVMF:ELET3) subiu 2,94%, a reais, a 31,9 reais. O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, afirmou nesta segunda-feira que não vê "muito espaço" para que o Supremo Tribunal Federal (STF) reveja a privatização da elétrica. Também o ministro de Minas e Energia disse que a privatização da empresa é fato consolidado.

- VIA ON terminou em alta de 3,21%, a 1,93 reais, e MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) subiu 1,93%, a 3,34 reais, endossadas pelo alívio na curva de juros.

- RAÍZEN PN avançou 4,15%, a 2,51 reais, no segundo pregão de recuperação após atingir mínimas históricas na última quinta-feira. O JPMorgan reiterou recomendação "overweight" para os papéis, citando valuation, mas cortou previsão para o Ebitda e citou falta de gatilhos no curto prazo.

- BRASKEM PNA (BVMF:BRKM5) subiu 3,92%, a 18,56 reais, conforme persistem expectativas atreladas ao controle da petroquímica. A Petrobras informou nesta segunda-feira que não houve mudanças em seu plano de venda de sua participação na Braskem. Os papéis também atingiram na semana passada mínimas desde abril de 2020.

- YDUQS ON (BVMF:YDUQ3) perdeu 3,18%, a 7 reais, em meio a movimentos de correção, após saltar mais de 10% na sexta-feira. No setor, COGNA ON (BVMF:COGN3) caiu 2,16%, a 1,81 reais, ampliando a perda da semana passada e renovando mínimas desde 2011.

- BRF ON (BVMF:BRFS3) recuou 1,78%, a 6,07 reais, devolvendo parte da alta da última sexta-feira, quando disparou 11,35%. A companhia busca reabilitação de suas duas maiores fábricas pela China, afirmaram fontes à Reuters na semana passada.

- VALE ON (BVMF:VALE3) cedeu -0,17%, a 78,54 reais. Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura se recuperaram nesta segunda-feira, mas os ganhos foram limitados pela decepção dos traders principalmente com a fraca demanda por produtos de aço para construção na China.

- CEMIG PN (BVMF:CMIG4) ganhou 2,45%, a 10,89 reais, após anunciar projeção de investimentos de 42,2 bilhões de reais para o período entre 2023 e 2027, maior plano de investimentos da sua história. A elétrica mineira também encerrou o quarto trimestre do ano passado com lucro líquido de 1,4 bilhão de reais.

- CVC (BVMF:CVCB3) BRASIL ON caiu 5,43%, a 2,96 reais, após uma sexta-feira mais positiva, com o setor de viagem como um todo entre os destaques negativos. AZUL PN (BVMF:AZUL4) recuou 2,91% e GOL PN cedeu 1,11%. No mês, porém, Azul e Gol (BVMF:GOLL4) ainda contabilizam ganhos de 59% e 12,7%, respectivamente.

© Reuters. Bolsa de Valores B3
28/10/2021
REUTERS/Amanda Perobelli

- DASA ON, que não está no Ibovespa, saltou 6,97%, a 8,13 reais, após engajar os bancos BTG Pactual (BVMF:BPAC11), Bradesco BBI e Itaú BBA para uma potencial oferta primária de ações de 1,5 bilhão de reais a ser lançada depois da divulgação do balanço da companhia, esperada para o dia 28 deste mês.

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