Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, com Petrobras (SA:PETR4)entre as maiores quedas, em meio a novos ruídos envolvendo os preços dos combustíveis do país, enquanto também persistem as preocupações com o cenário fiscal e a crise político-institucional no país.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,08%, para 118.442,04 pontos, de acordo com dados preliminares, após chegar a 117.910,97 pontos no pior momento. O volume financeiro somava 29,4 bilhões de reais.
Além dos ajustes tradicionais de encerramento de mês, o último pregão de agosto ainda teve de pano de fundo operações relacionadas ao rebalanceamento de índices MSCI, referências para os mercados acionários globais.
A performance do Ibovespa nesta terça-feira assegurou um declínio de 2,76% acumulado em agosto, no segundo mês negativo, com o índice agora registrando uma perda de 0,48% em 2021, também segundo dados antes do ajuste de fechamento.
Petrobras PN (SA:PETR4) e Petrobras ON (SA:PETR3) recuaram 3,6% e 2,3%, respectivamente, em meio a comentários do presidente Jair Bolsonaro. A apoiadores, ele disse: "Então, está saneada a Petrobras, a gente começa agora a trabalhar na questão do preço dos combustíveis."
Vale ON (SA:VALE3) caiu 1,8%, na esteira do declínio dos preços do minério de ferro na China, o que também pesou no Ibovespa, enquanto Itaú Unibanco (SA:ITUB4) PN subiu 0,69% e B3 (SA:B3SA3) avançou 1,97%, amenizando a pressão de baixa.
Braskem (SA:BRKM5) PNA valorizou-se 5,09%, renovando máximas históricas e destaque positivo na sessão, em meio a expectativas relacionadas à movimentação de seus controladores - Novonor e Petrobras -, que buscam vender suas respectivas participações na petroquímica.
*As cotações das ações consideram fechamento preliminar.