Investing.com - O índice futuro do Ibovespa, depois de encerrar no vermelho com as medidas protecionistas anunciadas na tarde de ontem pelo presidente americano, Donald Trump, inicia os negócios desta sexta-feira com cautela e seguindo o resultado das bolsas internacionais, operando com ganhos de 0,21% aos 85.768 pontos.
A jornada deve ser de repercussão e reação dos principais países exportadores de aço a alumínio, além de ter uma agenda recheada de importantes indicadores econômicos do Brasil e também dos EUA.
Lá fora, o destaque fica para os dados oficiais do mercado de trabalho, com maior relevância para que indica quantos empregos foram abertos nos EUA em fevereiro, além da taxa de desemprego.
Aqui, o IBGE divulgou o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro variou 0,32%, superando em 0,03 ponto percentual (p.p.) o resultado de janeiro (0,29%). De acordo com o órgão, este foi o menor resultado para os meses de fevereiro desde o ano 2000, quando se situou em 0,13%. O acumulado nos dois primeiros meses do ano está em 0,61%, menor percentual para o período desde a implantação do Plano Real em 1994.
Em 2017, o acumulado no primeiro bimestre havia sido 0,71%. O acumulado dos últimos doze meses ficou em 2,84% e foi o menor para o período desde 1999 (2,24%). Em fevereiro de 2017, o IPCA havia sido 0,33%.
O mercado esperava resultado de 2,85% para o IPCA do acumulado do ano e de 0,32% para o de fevereiro.
Protecionismo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas de 25 por cento sobre importações de aço e 10 por cento sobre importações de alumínio nesta quinta-feira, mas isentou Canadá e México, recuando de promessas anteriores de tarifas sobre todos os países.
Ao descrever o 'dumping' de aço e alumínio nos EUA como “uma agressão ao nosso país”, Trump disse em entrevista coletiva que o melhor resultado seria que companhias se transferissem para os EUA e insistiu que produção interna é necessária por razões de segurança nacional.
Commodities
A confirmação da medida que aumenta a taxa de importação do aço e do alumínio nos Estados Unidos pesou negativamente para os preços futuros do minério de ferro, negociados em Dalian. Os contratos de maio tiveram queda de 5,20% a 483,5 iuanes por tonelada, no menor valor de fechamento para o ativo desde novembro de 2017.
Com os contratos do vergalhão de aço, o movimento não foi diferente, com os papéis de maio perdendo 144 iuanes por tonelada a 3.709 iuanes por cada tonelada. Os resultados mostram uma tendência de desvalorização das commodities nos momentos que antecedem o que deve ser uma grande guerra comercial entre os EUA e seus fornecedores de aço e alumínio.
Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que apesar de não ter sido oficializado, deve ser o único nome do PSDB interessado na disputa do Planalto, segue tentando costurar alianças para que o lançamento de sua candidatura esteja fortalecido com o anúncio de apoio de importantes partidos. A grande questão está em relação à disputa do governo paulista, com os tucanos pretendendo lançar o prefeito de São Paulo, João Doria. Mas, para isso, precisariam do apoio de outras siglas que estão de olho no cargo.
No caso do petróleo, os contratos futuros negociados na bolsa de Nova York, vencimento em abril avança 0,83% a US$ 60,62 no tipo WTI, mostrando avanço em relação à madrugada. Do outro lado do oceano, a ICE, de Londres, negocia o barril do tipo Brent com ganhos de 1,04% a US$ 64,27.
Bolsas Internacionais
. Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 0,47 por cento, a 21.469 pontos.
. Em Hong Kong, o índice HANG SENG subiu 1,11 por cento, a 30.996 pontos.
. Em Xangai, o índice SSEC ganhou 0,58 por cento, a 3.307 pontos.
. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,78 por cento, a 4.109 pontos.
. Em Frankfurt, o DAX recua 0,33% a 12.311,93 pontos.
. Em Paris, o CAC 40 soma 0,05% a 5.256,65 pontos.
- Em Londres, o FTSE 100 ganha 0,01% a 7.201,50
Corrida Presidencial
Na tarde de ontem, presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), oficializou sua já esperada pré-candidatura à Presidência da República e afirmou que, com o gesto, aceitava o desafio de ser o candidato da mudança que buscará acabar com o antagonismo entre direita e esquerda. Apesar da oficialização, o Maia aparece com menos de 1% das intenções de votos e aliados afirmam que até maio os números precisam ser de 6% a 7% para a candidatura ser viável.
A reunião da executiva do PDT oficializou, também na quinta-feira, a pré-candidatura do ex-ministro Ciro Gomes à presidência da República. Ciro foi indicado por unanimidade pela Executiva. O presidente da legenda, Carlos Lupi, disse que a candidatura de Ciro é "irreversível".