SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa futuro mais curto avançava nesta quinta-feira, com os investidores de olho nos Estados Unidos, cujo Congresso confirmou a eleição do democrata Joe Biden após uma invasão no Capitólio por apoiadores do presidente Donald Trump.
Também no plano político, a confirmação da vitória democrata na Geórgia para dois assentos no Senado dos EUA, que na prática consolida maioria do partido em ambas as instâncias do Congresso, fortalecendo Biden, também repercute nos negócios.
"Por um lado, é esperada a aprovação de estímulos à economia. Por outro, cresce a chance de uma agenda favorável a regulações e alta de impostos, especialmente sobre alguns setores", afirmou a equipe de pesquisa econômica do Bradesco (SA:BBDC4) em relatório.
Em outra frente, os investidores também estão atentos ao noticiário sobre campanhas de vacinação para combate ao coronavírus. Nesta quinta-feira, o Instituto Butantan tem reunião com a Anvisa às 10h e deve informar horas depois o nível de eficácia da vacina que desenvolve com a chinesa Sinovac.
Por aqui, o dólar subia contra o real nos primeiros negócios desta sessão.
Por volta de 09:35, o contrato do Ibovespa que vence em 17 de fevereiro [INDG21] subia 0,40%, a 119.605 pontos.
Na véspera, o Ibovespa à vista voltou a renovar máxima intradia, a 120.924,32 pontos, apoiado no forte desempenho de ações de empresas ligadas a commodities, mas esse ímpeto perdeu força justamente com a influência negativa das bolsas de Nova York diante da tensão política nos Estados Unidos.
No noticiário corporativo, a Cemig (SA:CMIG4) informou que seu conselho de administração aprovou a venda de cerca de 68,6 milhões de ações que tem da Light (SA:LIGT3).
A Braskem (SA:BRKM5) informou que sua controlada Braskem Idesa retomou parcialmente a produção de polietileno com base em um modelo de negócio experimental no México.
E a Cogna (SA:COGN3) informou que está em tratativas para possível troca de ativos com a Eleva Educação.
(Por Aluisio Alves)