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Ibovespa Futuros cai com cautela do exterior, recuo das commodities

Publicado 07.12.2020, 07:36
Atualizado 07.12.2020, 09:20
© Reuters.
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Por Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - O Ibovespa Futuros abriu em queda e recuava 0,37% perto das 9h17, seguindo a aversão ao risco no exterior desta segunda-feira (7) após as altas da última semana encabeçadas por avanços das commodities e das vacinas. Os mercados aguardam as discussões em torno do novo pacote de ajuda nos Estados Unidos enquanto o país atinge recorde de internações em hospitais e a maior média semanal de mortes por Covid-19 desde o início da pandemia, de 2 mil óbitos.

O Dow Jones Futuros e o S&P 500 Futuros caíam 0,41%, enquanto o Nasdaq 100 Futuros recuava 0,09%.

As bolsas na Europa operavam em queda, com o índice DAX, principal índice alemão, e o STOXX 600 caindo 0,39%. O FTSE 100, principal do Reino Unido, subia 0,25% após as agências internacionais reportarem que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, instruíram as respectivas equipes a retomarem as discussões sobre o Brexit que, mais uma vez, pode ter uma semana decisiva. O país também iniciará nesta terça-feira (8) as vacinações contra a Covid-19 com a vacina da Pfizer (SA:PFIZ34) (NYSE:PFE) e da BioNTech (NASDAQ:BNTX).

Os índices acionários da China recuaram nesta segunda-feira, pressionados pelo setor financeiro diante de preocupações com as elevadas tensões com os Estados Unidos, embora dados positivos de comércio tenham reduzido as perdas.

O índice Shanghai Shenzhen CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,86%, enquanto o Shanghai Composite recuou 0,81%.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, disse mais cedo que o país se opõe firmemente e condena enfaticamente a interferência dos EUA em seus assuntos internos, caso informações da mídia de que Washington prepara novas sanções contra autoridades chinesas por causa da repressão em Hong Kong seja verdade.

As exportações chinesas subiram 21,1% em novembro em relação ao ano anterior, mostraram dados da alfândega nesta segunda-feira, o crescimento mais forte desde fevereiro de 2018. O resultado também superou com força a expectativa de analistas de expansão de 12% e acelerou ante a alta de 11,4% em outubro.

Enquanto isso, os preços do petróleo caíam com maior apreensão de possíveis novos lockdowns ao redor do mundo. A commodity foi a grande estrela da última semana após a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados decidir elevar a produção a partir do ano que vem.

O Petróleo Brent Futuros operava em queda de 0,89% a US$ 48,81, enquanto o Petróleo WTI Futuros caía 1,06%, a US$ 45,77.

Agenda do dia

O presidente Jair Bolsonaro tem reunião com Cláudio de Siqueira, procurador-chefe da Procuradoria da República no Distrito Federal, e com Pedro de Sousa, subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência. Às 14h, se reúne com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que, por sua vez, tem o restante da agenda preenchido de reuniões com secretários da pasta.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, realiza despachos internos na semana do Comitê de Política Monetária, o Copom, que exige período de silêncio das autoridades.

Na agenda de indicadores, além dos dados da balança comercial chinesa, a produção industrial alemã também surpreendeu para cima, com crescimento de 3,2% na base mensal em outubro, contra expectativa de 1,6%. Também, a confiança do investidor Sentix da Zona do Euro teve leitura negativa de 2,7, bem acima do esperado de queda de 8,3.

À noite, o Japão divulga os dados do PIB do terceiro trimestre.

Por aqui, o IGP-DI mostrou crescimento de 2,64% em novembro, abaixo do consenso de 3,25%, apontou a Fundação Getulio Vargas, enquanto os economistas consultados pelo Boletim Focus passaram a ver a inflação de 2021 em 4,21%, acima da meta do BC.

A semana será marcada pela decisão de juros do Banco Central Europeu, na quinta-feira (10), um dia depois do Banco Central do Brasil divulgar a provável manutenção da taxa Selic, pela terceira vez, em 2% ao ano. Os investidores estarão atentos a possíveis mudanças no comunicado e a sinalizações de conduta futura - sob o forward guidance - do Copom nas próximas reuniões. Na terça-feira, o IBGE divulga os dados do IPCA de novembro.

Notícias do dia

Eleições no Congresso - O Supremo Tribunal Federal decidiu na noite deste domingo barrar uma possível reeleição dos atuais presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, com votação marcada para 1º de fevereiro de 2021. O placar ficou 7 a 4 contra Maia e 6 a 5 contra Alcolumbre, com votos de virada de alguns ministros após uma série de críticas por conta do julgamento influenciar o placar final, segundo o Estadão.

Programas sociais - O senador Tasso Jereissati apresentou a proposta da Lei de Responsabilidade Social, que prevê metas para a queda da pobreza nos próximos três anos e verba extra para ações de transferência de renda aos mais pobres.

Coronavírus - O Brasil registrou neste domingo 26.363 novos casos de coronavírus, o que leva o total de infecções confirmadas no país a 6.603.540, informou o Ministério da Saúde. Foram notificadas ainda 313 novas mortes em decorrência da Covid-19, com o total de óbitos causados pela doença alcançando 176.941.

Vacina - A Pfizer entrou com pedido para autorização de uso emergencial da sua vacina contra coronavírus na Índia, afirmou um conselheiro sanitário do governo em entrevista à televisão neste domingo, a primeira empresa a fazê-lo no país com o segundo maior total de infecções do mundo.

Notícias corporativas

Petrobras - A Petrobras (SA:PETR4) decidiu interromper o projeto de adequação de infraestrutura da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTCCA) em Caraguatatuba, litoral de São Paulo. Segundo a estatal, a decisão foi tomada com base na avaliação de seu portfólio de oportunidades e projetos.

Equatorial - O Conselho de Administração da Equatorial Energia (SA:EQTL3) aprovou um programa de recompra de ações de até 50,11 milhões de papéis ordinários, informou a empresa em fato relevante publicado nesta sexta-feira.

Mondial - A brasileira Mondial, líder na fabricação de produtos eletroportáteis, comprou a fábrica da japonesa Sony, na Zona Franca de Manaus (AM). Com a aquisição, a empresa estreia na produção de televisores, fornos de micro-ondas e aparelhos de ar condicionado já no segundo semestre do ano que vem. Vai enfrentar nesse mercado concorrentes de peso, como as coreanas, LG (KS:003550) e Samsung (KS:005930), e a americana Whirlpool (SA:WHRL3).

Amazon - Um grupo de 401 parlamentares de 34 países, incluindo o Brasil, assinou uma carta pública que apoia uma campanha que afirma que a gigante do varejo na internet Amazon.com (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) tem contornado dívidas devidas a "trabalhadores, sociedades e ao planeta", disseram os organizadores do movimento nesta quinta-feira. A carta é endereçada ao presidente da Amazon, Jeff Bezos.

B3 - A B3 (SA:B3SA3) informou nesta sexta-feira que seu conselho de administração aprovou uma emissão de 205 milhões de reais em debêntures simples, em até duas séries.

Kalunga - A Kalunga, maior varejista de suprimentos para escritórios e de material escolar do país, pediu nesta sexta-feira registro para uma oferta inicial de ações (IPO), à medida que a forte alta das ações nas últimas semanas anima mais empresas brasileiras a buscarem recursos no mercado para apoiar planos de expansão.

--Com informações da Reuters e do Estadão Conteúdo

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