Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa não mostrava uma direção clara nesta segunda-feira, após cinco fechamentos positivos seguidos, com as ações da Vale entre as maiores pressões de baixa acompanhando os futuros do minério de ferro na China, enquanto os papéis da WEG eram um contrapeso positivo relevante com alta de 3%.
Por volta de 11h10o Ibovespa cedia 0,04%, a 126.217,93 pontos, tendo marcado 126.395,18 na máxima e 125.613,54 pontos na mínima da sessão até o momento. O volume financeiro somava 3,19 bilhões de reais.
No exterior, Wall Street abriu no azul, com o S&P 500 e o Nasdaq registrando novas máximas intradia.
De acordo com o analista Lucas Queiroz, do Itaú BBA, investidores estão mais confiantes com a possibilidade de um corte de juros nos Estados Unidos em setembro e os ativos naquele país têm respondido a essa perspectiva, favorecendo uma performance positiva dos ativos globais.
No Brasil, ele destacou que esse impulso externo nos últimos pregões e a sinalização do governo de que estuda medidas de contenção dos gastos animaram os investidores.
"Nesta semana, os dados de inflação nestes dois países (EUA e Brasil) podem tanto consolidar a visão mais benigna para a política monetária nos Estados Unidos, quanto amenizar a pressão por elevações na taxa Selic observada na curva de juros", afirmou em relatório enviado a clientes.
DESTAQUES
- VALE ON (BVMF:VALE3) recuava 0,86%, na esteira do declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com queda de 3,3%, a 825,50 iuanes (113,56 dólares) a tonelada. No setor, CSN (BVMF:CSNA3) MINERAÇÃO ON caía 2,95%.
- WEG ON (BVMF:WEGE3) tinha alta de 3,01%, atuando como contrapeso positivo relevante, tendo como pano de fundo relatório do Bank of America (NYSE:BAC) elevando a recomendação dos papéis para "compra" e o preço-alvo de 44 para 52 reais, citando entre os argumentos para a decisão expectativa de revisão positiva de margens nos próximos trimestres.
- BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) caía 0,97% e BTG PACTUAL (BVMF:BPAC11) UNIT cedia 0,4%, após o Itaú BBA cortar a recomendação de ambos para "market-perfom". SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11), que teve upgrade para "outperform", cedia 0,11%. ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) perdia 0,36%, mas BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) avançava 1,04%.
- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) perdia 0,16%, acompanhando a fraqueza dos preços do petróleo, com o barril de Brent negociado em queda de 0,6%, a 86,02 dólares.
- ELETROBRAS ON (BVMF:ELET3) valorizava-se 1,77%, em dia positivo também para outros papéis de empresas de energia, com ENERGISA UNIT (BVMF:ENGI11) subindo 1,8% e EQUATORIAL ON (BVMF:EQTL3) em alta de 1,29%. O índice do setor elétrico na B3 (BVMF:B3SA3) ganhava 0,53%.
- SABESP ON (BVMF:SBSP3) registrava acréscimo de 1,9%, em meio a expectativas relacionadas à oferta de ações que privatizará a companhia de saneamento básico de São Paulo, que terá a fixação do preço por papel definida em 18 de julho.
- PETRORECONCAVO ON avançava 0,1% após assinar memorando de entendimentos com a 3R Petroleum para avaliar o compartilhamento da infraestrutura de escoamento, compressão, medição e processamento de gás natural na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte. 3R PETROLEUM ON (BVMF:RRRP3) subia 0,28%.