SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista não tinha uma tendência definida nesta segunda-feira, marcada pelo vencimento de opções sobre ações, enquanto a votação do segundo turno da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados ficou para agosto.
Às 12:46, o Ibovespa subia 0,28 %, a 104.198,48 pontos. O volume financeiro somava 10,1 bilhões de reais.
Apesar de o adiamento da votação do segundo turno da reforma não ser considerado o ideal, agentes financeiros avaliam que os resultados das votações no primeiro turno demonstram compromisso de parlamentares com a aprovação de um texto robusto.
“Desta forma, o cenário mais provável é que a Câmara conclua a votação do 2º turno, sem maiores modificações, no início de agosto e a matéria seja enviada ao Senado”, destacou a equipe da Brasil Plural (SA:BPFF11), em nota a clientes.
Agentes no mercado também chamaram a atenção para sinalização do relatório da matéria no Senado, de que trabalhará por uma tramitação célere.
No exterior, Wall Street abriu com os principais índices em máximas, que, contudo, passaram a oscilar próximo da estabilidade, em meio ao começo da temporada de resultados nos Estados Unidos, com o Citigroup superando estimativas.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN (SA:PETR4) caía 0,6%, apesar da alta dos preços do petróleo no exterior, com os papéis normalmente figurando entre as séries mais líquidas do exercício de opções. A companhia não descartou nesta segunda-feira a possibilidade de sair de programa da B3 para atestar esforços de empresas estatais do país que buscam melhorar a governança, mas afirmou que “não representaria necessariamente um enfraquecimento ou retrocesso nas práticas” da companhia.
- BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) cedia 0,7%, com bancos também experimentando certa fraqueza na sessão. BRADESCO PN (SA:BBDC4) caía 0,45% e ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) perdia 0,3%.
- VALE (SA:VALE3) valorizava-se 1,6%, em linha com a alta dos preços do minério de ferro na China, com as expectativas de um aumento na demanda pelos insumos siderúrgicos.
- Via Varejo (SA:VVAR3) subia 5,4%, conforme investidores continuam ‘pagando na frente’ uma esperada transformação na empresa com a recente mudança no controle e o potencial efeito positivo no consumo a ser gerado pela queda nos juros. A companhia divulgou nesta segunda-feira que trouxe o executivo Helisson Lemos do Mercado Livre para acelerar e consolidar a transformação digital da empresa, fechando assim seu time de executivos da alta liderança da empresa.
- Smiles (SA:SMLS3) recuava 3,3%, tendo de pano de fundo relatório do Morgan Stanley (NYSE:MS) cortando a recomendação das ações para ‘underweigh’, bem como reduzindo preço-alvo de 52 para 32 reais. “Dada a quebra nas negociações sobre reorganização societária e dadas as condições favoráveis do mercado de companhias aéreas no Brasil atualmente, acreditamos que a Gol (SA:GOLL4) poderia tomar medidas que pudessem afetar negativamente as perspectivas de ganhos da Smiles (SA:SMLS3)”, argumentou. A Gol é a controladora da Smiles.