Investing.com - O otimismo com o novo governo prevalece entre os investidores locais, que impulsionam a valorização do Ibovespa na terceira semana de 2019, com renovação das máximas. A bolsa encerrou a sexta-feira em 96.096,75 pontos, com o recorde intradia de 96.395,98 pontos, acumulando ganhos de 2,6% na semana e 9,34% no ano.
Esta semana foi marcada pelo ensaio dos estrangeiros em se tornar bullish com a bolsa brasileira, revertendo a saída de recursos para uma entrada líquida de R$ 12,2 milhões no ano até a sessão de 16 de janeiro. Foram quatro dias de fechamento no azul do Ibovespa, com apenas a sessão da terça-feira no vermelho, em que investidores aproveitaram o exterior bearish para a realização de lucros.
Os números positivos são derivados da crescente expectativa em relação à proposta de uma reforma da Previdência que poupe bilhões de reais em anos e reequilibre as contas públicas. Esta percepção foi alimentada esta semana com informações de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, retome as ideias apresentadas (reformas e privatizações) em seu discurso de posse no Fórum Econômico Mundial, em Davos, durante esta semana, o que fez aumentar o apetite por ganhos na bolsa paulista na quinta-feira - fechando em 1,01% - e seguindo na sexta-feira com alta de 0,78%. Mas seguem as incertezas em relação à capacidade política do governo de aprová-la no Congresso.
As polêmicas e as suspeitas de irregularidades nas transações bancárias de Fabrício Queiroz, assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) - filho do presidente Jair Bolsonaro -, não chegaram abalar a popularidade do novo governo. Os números da pesquisa XP/Ipespe divulgada na quinta-feira confirmam o bom momento de Bolsonaro com uma parcela significativa da população brasileira.
Uma medida do governo já acabou influenciando o desempenho de ações na Bolsa de Valores. Os papéis da Forjas Taurus (SA:FJTA3) foram destaque pela forte volatilidade, com a continuidade dos fortes ganhos no ano - que chegou a 85% - até a assinatura do decreto, na terça-feira, de flexibilização das regras para a posse de armas, o que levou o papel a despencar mais de 40%.
Outro destaque no Ibovespa desta semana foi a ação da Suzano (SA:SUZB3). A empresa chegou a uma valorização de mais 20% por sete pregões consecutivos, e nesta semana anunciou a conclusão da fusão com a Fibria (SA:FIBR3), criando uma gigante companhia de papel e celulose com atuação global, com a realização de lucros ocorrendo na quinta-feira, quando a ação fechou em queda de 2,69%.