Ibovespa recua com dado mais forte de inflação nos EUA

Publicado 12.02.2025, 11:08
Atualizado 12.02.2025, 11:10
© Reuters

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, após duas altas seguidas, pressionado por dados de inflação mais fortes do que o esperado nos Estados Unidos, enquanto a ação do Carrefour Brasil figurava entre as poucas altas ainda embalada pelos planos do controlador de ser o único dono do varejista brasileiro.

Por volta de 11h, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 1,43%, a 124.714,60 pontos. O volume financeiro somava 3,6 bilhões de reais.

Nos EUA, o Departamento do Trabalho informou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,5% no mês passado, depois de alta de 0,4% em dezembro. Em 12 meses, avançou 3,0%, de 2,9% em dezembro. Economistas consultados pela Reuters previam altas de 0,3% e 2,9%, respectivamente.

Em Wall Street, os futuros acionários trabalhavam com sinal negativo, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro avançavam, uma vez que os dados endossam a mensagem do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, de que não há pressa em retomar o corte da taxa de juros na maior economia do mundo.

Investidores da bolsa paulista também analisam a mais recente revisão trimestral do MSCI Global Standard Index, publicada na véspera pela provedora de índices, que excluiu seis ações brasileiras do portfólio que entra em vigor no fechamento de 28 de fevereiro.

Da pauta macro local, o IBGE divulgou que, em dezembro, o volume de serviços recuou 0,5% na comparação com novembro e cresceu 2,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Expectativas em pesquisa da Reuters apontavam avanços de 0,1% na comparação mensal e de 3,5% na base anual.

Na visão de analistas do Itaú BBA, "essa semana será decisiva para observar se o mercado vai retomar a alta e buscar novos patamares ou se será mais um dos inúmeros 'voos de galinha' que o Ibovespa fez durante esses últimos três anos, conforme relatório Diário do Grafista enviado a clientes.

Os analistas do Itaú BBA avaliam que o Ibovespa segue em tendência de alta no curto prazo e se superar os 127.400 pontos pode projetar novos objetivos em 130.900 e 137.469 pontos. Do lado da baixa, veem, o índice possui suporte inicial em 124.700 pontos, e se perder os 124.319 um movimento de realização de lucros ganhará impulso.

 

DESTAQUES

- HAPVIDA ON (BVMF:HAPV3) recuava 6,77%, em meio a ajustes após subir por três sessões seguidas, período em que acumulou valorização de 10,6%. Apenas na véspera, a ação da empresa de saúde saltou mais de 7%. O MSCI também excluiu o papel da companhia de seu Global Standard Index na mais recente revisão trimestral, que entra em vigor no final do mês.

- VIVARA ON caía 5,04%, ampliando as perdas da véspera, em meio a preocupações sobre a rotatividade na gestão e potenciais na estratégia de crescimento da rede de joalherias após anúncio da saída do diretor de marketing, sem um substituto imediato. Na terça-feira, o papel encerrou em queda de mais de 2%, mas chegou a perder mais de 4% no pior momento do pregão.

- BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) perdia 4,32%, com relatório do Goldman Sachs (NYSE:GS) cortando a recomendação da ação para venda e reduzindo o preço-alvo de R$14 para R$11,4. SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11), que teve a classificação elevada para neutra e o preço de R$25 para R$28, subia 0,3%. ITAÚ PN cedia 1,3% e BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) caía 1,43%.

- CARREFOUR BRASIL ON (BVMF:CRFB3) avançava 2,39%, com agentes ainda analisando os planos do controlador, o grupo francês Carrefour, de tornar o varejista brasileiro uma subsidiária integral e deslistar as ações da companhia da B3 (BVMF:B3SA3). Mais cedo as empresas anunciaram um acordo de incorporação de ações.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) era negociada em baixa de 1%, acompanhando a fraqueza dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent caía 0,95%, a 76,26dólares.

- VALE ON (BVMF:VALE3) recuava 0,29%, mesmo com a alta dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com alta de 0,91%, para 828,5 iuanes (US$113,36) a tonelada. Em Cingapura, o vencimento de referência tinha variação negativa de 0,06%.

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