Ibovespa recua sem viés claro no exterior e com IOF no radar

Publicado 25.06.2025, 10:07
Atualizado 25.06.2025, 11:35
© Reuters.

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, sem tendência muito clara nos mercados no exterior, enquanto agentes financeiros no Brasil monitoram a possibilidade de votação pela Câmara dos Deputados do projeto que derruba decreto do IOF.

Por volta de 11h15, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,71%, a 136.187,84 pontos. O volume financeiro somava R$4,1 bilhões.

"Sem grandes novidades, tanto na frente geopolítica quanto econômica, os mercados acionários refletem as dificuldades dos investidores encontrarem um norte para seus negócios", afirmou a equipe da Ágora Investimentos.

"Como tal, o que se vê é uma grande indefinição entre os principais índices, mas com oscilações bastante contidas em geral", acrescentou em relatório a clientes.

Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,12% nos primeiros negócios, enquanto, na Europa, o índice pan-europeu STOXX 600 perdia 0,48%. Petróleo e minério de ferro também mostravam sinais distintos.

No Brasil, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que o projeto de decreto legislativo (PDL) que busca derrubar decreto do governo que trata do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) estará na pauta desta quarta-feira na Casa.

Em publicação no X na noite de terça, Motta disse que também estarão na pauta da Câmara nesta quarta um projeto de lei que isenta de imposto de renda quem ganha até dois salários mínimos mensais.

De acordo com o analista técnico Gilberto Carvalho, da XP (BVMF:XPBR31), apesar da alta na véspera, o Ibovespa não conseguiu fechar acima da média de 21 dias, deixando ainda um sinal de preocupação com realizações no curto prazo.

"Abaixo dos 135.800 pode buscar suportes em 133.900 ou 130.000. Retomaria sinal de alta fechando acima dos 138.200 com projeções nos 140.000 ou 145.000", afirmou em relatório enviado mais cedo a clientes.

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) recuava 1,05%, após nova queda dos futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China. Executivos da Vale também afirmaram que a mineradora projeta eliminar até 2027 o uso de água no processamento de minério de ferro das minas de Carajás, enquanto aumenta a produção de alta qualidade no projeto Gelado a partir do reaproveitamento de rejeitos minerários remanescentes do complexo no Pará.

- CSN ON (BVMF:CSNA3) caía 4,59%, em sessão marcada pela divulgação de dados de maio do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). No setor, USIMINAS PNA (BVMF:USIM5) era negociada em baixa de 2,14% e GERDAU PN (BVMF:GGBR4) mostrava declínio de 2,24%.

- HAPVIDA ON (BVMF:HAPV3) perdia 3,22%, retomando o viés negativo, após o avanço na véspera vindo de duas quedas seguidas. Em relatório na terça-feira, analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) destacaram que a desaceleração em maio nos volumes de judicialização relacionada à saúde suplementar não necessariamente se traduzem em alívio imediato de provisões da Hapvida, já que, segundo comentários da administração, a empresa ainda lida com um volume relevante de processos pendentes.

- MINERVA ON (BVMF:BEEF3) avançava 1,27%, endossada por upgrade de analistas da XP, que elevaram a recomendação para compra e colocaram a ação como "top pick". O preço-alvo, porém, caiu de R$8,40 para R$7,90. No setor de proteínas, MARFRIG ON (BVMF:MRFG3) caía 1,89% e BRF ON (BVMF:BRFS3) perdia 3,52%.

- RD (BVMF:RADL3) SAÚDE ON valorizava-se 3,06%, engatando o terceiro pregão seguido no azul, embora ainda distante da cotação do começo de maio (R$19,45), antes da decepção com o resultado trimestral da varejista do setor farmacêutico que se somou a preocupações com a competição no setor e outras variáveis. Na semana passada, analistas do Citi afirmaram que se a melhora nos números do setor vista em maio persistir em junho pode trazer uma leitura positiva para as vendas da companhia no segundo trimestre.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) tinha variação positiva de 0,03%, tendo como pano de fundo a alta dos preços do petróleo no exterior. PETROBRAS ON (BVMF:PETR3) subia 0,15%.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) cedia 0,78%, ajustando-se após desempenho mais forte na véspera, enquanto BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) era negociada em alta de 0,36%, referendada por relatório de analistas do Safra, que elevaram a recomendação da ação para "outperform". BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) cedia 1,07% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) caía 1,55%, também em ajustes após ganhos na terça-feira.

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