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Ibovespa recua pelo 3º dia, a 102,3 mil pontos, com baixa de 0,88% na sessão

Publicado 27.04.2023, 04:55
© Reuters Ibovespa recua pelo 3º dia, a 102,3 mil pontos, com baixa de 0,88% na sessão
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O Ibovespa manteve-se em tom menor pelo terceiro dia, acomodado agora abaixo dos 103 mil pontos e sustentando ganho inferior a 0,5% no mês, faltando apenas duas sessões para o encerramento de abril. Hoje, a referência da B3 (BVMF:B3SA3) oscilou dos 102.233,43 aos 103.667,52 pontos, saindo de abertura aos 103.220,09 pontos. Ao final, mostrava queda de 0,88% nesta quarta-feira, aos 102.312,10 pontos, como ontem no menor nível de encerramento desde o dia 10. Muito fraco, o giro ficou em R$ 18,7 bilhões na sessão. Na semana, o Ibovespa cede 1,97%, limitando o ganho do mês a 0,42% - no ano, acumula perda de 6,76%.

O dia foi de poucas exceções positivas entre as ações de maior peso e liquidez, com destaque para leve recuperação em Vale (BVMF:VALE3) (ON +0,39%, mínima do dia no fechamento), que havia recuado 2,72% ontem e que divulgará balanço do primeiro trimestre, hoje, depois do fechamento da B3. Na ponta do Ibovespa, MRV (BVMF:MRVE3) (+6,89%), CSN Mineração (BVMF:CMIN3) (+3,28%), Soma (+2,38%) e Eztec (BVMF:EZTC3) (+1,78%), com Gol (BVMF:GOLL4) (-6,40%), CVC (BVMF:CVCB3) (-5,42%), Pão de Açúcar (BVMF:PCAR3) (-5,27%) e Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) (-5,18%) no canto oposto. O dia foi negativo também para as ações de grandes bancos, que haviam avançado no dia anterior.

Em sessão muito ruim para as cotações do petróleo - com perdas acima de 3,5% para ambas as referências (Brent e WTI) -, Petrobras ON (BVMF:PETR3) e PN cederam respectivamente 1,43% e 1,26% (piso do dia no encerramento), mas permanecem como destaques do mês entre os pesos-pesados da Bolsa, com avanço de 12,08% e 14,07% em abril - o que provavelmente reflete retomada nas compras feitas por estrangeiros na B3, com ingresso líquido de R$ 4,3 bilhões no mês até anteontem, e de R$ 12,8 bilhões no acumulado do ano.

"Os estrangeiros normalmente se concentram em dois ou três papéis que replicam bem o país, e Petrobras (BVMF:PETR4) está nesse grupo, como também BB (BVMF:BBAS3) (ON +9,10% em abril) e B3 (+8,70% no mês)", observa Cesar Mikail, gestor de renda variável da Western Asset.

"O Brasil permanece muito descontado. Excluindo Petro e Vale, a razão Preço/Lucro está em 8,5 vezes, ante média histórica de 11,5 a 12 vezes. Com Petro e Vale, vai a cerca de 6 vezes, comparada a uma média em torno de 9 vezes", acrescenta. "Com ou sem commodities, por diferentes métricas, estamos no mesmo patamar de 2009."

Contudo, apesar dos descontos que se acumulam, ruídos internos e externos contribuem para que os investidores em Brasil mantenham pé atrás, acrescenta o gestor, impedindo recuperação sustentada do apetite por ativos do País. "O arcabouço veio sem 'enforcement' - sem punições caso haja descumprimento de metas - e o mercado espera que isso venha a ser corrigido na tramitação da proposta pelo Congresso, o que seria muito bem recebido."

"Houve voto de confiança inicial ao governo, mas com o Ibovespa de volta aos 100 mil, patinando, o que se vê é um Lula menos pragmático em diferentes frentes, procurando envolvimento até em questões distantes e nas quais o Brasil não tem peso, como a guerra na Ucrânia, em que o melhor caminho teria sido não escolher qualquer lado", diz.

Entre idas e vindas nas últimas semanas, o presidente Lula disse hoje, na Espanha, que não lhe cabe decidir de quem é a Crimeia - península ucraniana anexada pela Rússia em 2014 à revelia do direito internacional. "O papel externo do Brasil também é levado em conta pelos investidores estrangeiros, lembrando o volume de capitais investidos aqui por americanos e europeus."

Com incertezas tanto internas (sustentabilidade fiscal vis-à-vis o compromisso do BC com a ancoragem das expectativas de inflação no longo prazo) como externas (nível de juros elevado, e ainda em ajuste nas maiores economias, no momento em que a atividade global parece perder fôlego), grandes bancos têm mantido cautela quanto ao espaço que a autoridade monetária terá para podar a Selic ainda em 2023, possivelmente não muito além dos atuais 13,75% para 12,75% ao ano.

Na agenda doméstica, pela manhã, a desaceleração do IPCA-15 trouxe algum alento, ainda que pequeno, com relação à prévia da inflação para o mês, que saiu de 0,69% em março para 0,57% em abril, diz Paloma Lopes, economista da Valor Investimentos. Ela ressalva que a previsão amplamente majoritária do mercado ainda é de manutenção da Selic pelo Copom, que volta a se reunir na semana que vem em paralelo à deliberação do Federal Reserve sobre os juros americanos.

O detalhamento do índice, contudo, não trouxe leitura tão positiva sobre a prévia da inflação de abril. "Todos os nove grupos de produtos e serviços registraram alta. Chamamos atenção também para o grupo de saúde e cuidados pessoais, que avançou 1,04% no mês. E a maior contribuição veio de produtos farmacêuticos, com reajuste de até 5,60% nos preços dos medicamentos a partir de 31 de março", aponta em nota o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung.

Dessa forma, o "índice de difusão, que mostra o porcentual de itens que aumentaram de preço no mês, subiu marginalmente, de 61% para 63%. Dado é ruim, mas não alarmante", acrescenta o economista.

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