Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta sexta-feira, aproximando-se dos 96 mil pontos, com JBS (SA:JBSS3) entre as maiores altas após resultado e perspectivas de executivos para 2019, com o último pregão da semana também beneficiado pela melhora no sentimento em relação ao panorama político do país e viés benigno no exterior.
Às 11:37, o Ibovespa subia 1,27 por cento, a 95.590 pontos. O volume financeiro somava 4 bilhões de reais.
Nesse contexto, o Ibovespa caminhava para fechar a semana com valorização ao redor de 2 por cento, buscando um desempenho positivo em março e ampliando a alta neste primeiro trimestre para cerca de 9 por cento.
"A percepção é que o Executivo e o Legislativo querem deixar para trás esse momento de tensão e começar a avançar na agenda de reformas", destacou a equipe da XP Investimentos, citando eventos da véspera, entre eles o encontro entre o ministro da Economia e o presidente da Câmara.
A escolha do relator da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara também foi considerada pela XP como um avanço relevante.
No exterior, as bolsas encontravam suporte em sinalização positiva da rodada mais recente de negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China. De acordo com a Casa Branca, ambos os países fizeram progressos em direção a um acordo durante "discussões construtivas" nesta semana em Pequim.
O norte-americano S&P 500 tinha alta de 0,44 por cento.
DESTAQUES
- VALE (SA:VALE3) avançava 4 por cento, tendo de pano de fundo a alta ds preços do minério de ferro na China, além do noticiário mais favorável sobre EUA-China. A alta era acompanhada pelo setor de mineração e siderurgia na bolsa, com CSN (SA:CSNA3) à frente, subindo 6 por cento.
- JBS tinha elevação de 4 por cento, após balanço trimestral, com lucro abaixo das estimativas, mas redução do endividamento e analistas destacando geração de caixa, enquanto executivos da empresa também estimaram resultado mais forte em 2019 e plano de elevar preços na Seara.
- SABESP (SA:SBSP3) valorizava-se quase 3 por cento, tendo também no radar resultado do último trimestre de 2018, com lucro líquido de 1,5 bilhão de reais, superando em 146 por cento o resultado apurado um ano antes.
- KROTON (SA:KROT3) recuava 4,7 por cento, em destaque na ponta negativa, após divulgar queda de 17,4 por cento no lucro líquido ajustado consolidado do quarto trimestre do ano passado, para 403,4 milhões de reais.
- PETROBRAS PN (SA:PETR4) mostrava elevação de 0,9 por cento, encontrando suporte no ambiente mais benigno na bolsa como um todo, além da alta dos preços do petróleo no mercado externo.
- BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) avançava 2,2 por cento, liderando as altas de bancos do Ibovespa, também favorecido pela melhora do humor quanto à cena política. BRADESCO PN (SA:BBDC4) subia 1,2 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) avançava 0,5 por cento.