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Ibovespa segue exterior e tem 5ª alta seguida; Hapvida e Magazine Luiza têm forte queda

Publicado 17.05.2022, 17:47
© Reuters. Sede da B3
25/07/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
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SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa brasileira subiu nesta terça-feira, na quinta sessão consecutiva de ganhos, diante de cenário de maior apetite por risco nos mercados internacionais.

O setor financeiro se destacou como a maior influência para o avanço do índice, com destaque para Bradesco. O grupo de saúde Hapvida desabou na ponta contrária, assim como o Magazine Luiza, ambos após resultados do primeiro trimestre.

O Ibovespa subiu 0,51%, a 108.789,33 pontos. O volume financeiro da sessão foi de 29,9 bilhões de reais.

"O mercado está procurando alguma direção, tentando achar um rumo", disse Tomás Awad, sócio-fundador da 3R Investimentos, que vê a sequência de altas recentes do Ibovespa como "um respiro técnico" depois de quedas fortes a partir de abril.

Para o gestor, o cenário atual é de venda das ações por investidores estrangeiros, como mostram dados de fluxo da B3 (SA:B3SA3), ao mesmo tempo que as eleições entram cada vez mais no radar. No exterior, a alta de juros nos Estados Unidos e a preocupação com a economia global são os principais temas, segundo ele.

A forte desaceleração da inflação medida pelo IGP-10, da FGV, em maio, com arrefecimento de preços de commodities, também ajudou a dar tom positivo à sessão.

Em Nova York, o Nasdaq avançou 2,8%, liderando os principais índice acionários, após forte dado de varejo dos EUA.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que a instituição "continuará insistindo" em apertar a política monetária até ficar claro que a inflação está arrefecendo. Os mercados ainda mostraram certo otimismo pela redução de restrições contra Covid-19 na China, após melhora do cenário da doença em Xangai.

O índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 1,2%.

DESTAQUES

- HAPVIDA ON (SA:HAPV3) desabou 16,8%, maior queda desde sua estreia na bolsa em 2018, após divulgar prejuízo líquido de 182 milhões de reais no primeiro trimestre, com a sinistralidade disparando 11,3 pontos percentuais. Analistas do Credit Suisse (SIX:CSGN) observaram redução no número de vidas sob gestão, enquanto os tíquetes ficaram atrás da inflação e as despesas ficaram pressionadas. Mas executivos da empresa mostraram otimismo por uma recuperação de margens.

- BRADESCO PN (SA:BBDC4) subiu 2,1% e BANCO DO BRASIL ON (SA:BBAS3) teve alta de 2,9%, em sessão positiva para bancos.

- MAGAZINE LUIZA ON (SA:MGLU3) afundou 11,5%, maior baixa desde o início de dezembro, após prejuízo ajustado de 99 milhões de reais no primeiro trimestre. A varejista pretende em 2022 manter controle de despesas e foco em ganho de sinergias de ativos comprados nos últimos anos para defender margens de lucro.

- VALE ON (SA:VALE3) recuou 0,4%, mesmo após os contratos futuros do minério de ferro fecharem em leve alta em Dalian.

- COGNA ON (SA:COGN3) aumentou 5,9% e YDUQS ON (SA:YDUQ3) exibiu valorização de 4,3%.

- NUBANK cedeu 6,2% em Nova York. O banco digital teve lucro ajustado de 10,1 milhões de dólares de janeiro a março. O dia marcou a liberação de negociação de venda dos papéis por alguns acionistas, dado o fim de uma restrição ligada à abertura de capital da companhia.

- LOCAWEB ON disparou 11,2%, maior alta desde fevereiro e a maior alta em percentual da sessão. Um acionista venderá quase 5% do capital da companhia em leilão na quarta-feira, segundo anúncio divulgado pela bolsa nesta tarde.

- IRB BRASIL ON (SA:IRBR3) diminuiu 7,9%, maior queda desde fevereiro. A resseguradora viu um resultado financeiro positivo no primeiro trimestre levar a lucro consolidado, ainda que o índice de sinistralidade tenha avançado.

© Reuters. Sede da B3
25/07/2019
REUTERS/Amanda Perobelli

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) retraiu 1,3%, diante de baixa de 2% do petróleo Brent, após notícia de que os EUA devem flexibilizar algumas restrições ao governo da Venezuela.

- ELETROBRAS PN (SA:ELET6) apontou ganhos de 3%, depois de lucro líquido subir 69% no primeiro trimestre, impulsionado pela variação cambial e pelo aumento de 12% da receita bruta. A empresa pode realizar a oferta de capitalização em junho, ainda que a data limite para fazer a operação seja em agosto, disse nesta tarde o presidente da estatal, Rodrigo Limp.

(Por Andre Romani)

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