Ibovespa tem nova queda com mercado à espera de ata do Fed

Publicado 05.01.2022, 11:56
Atualizado 05.01.2022, 14:55
© Reuters.

Por Andre Romani

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa brasileira caía nesta quarta-feira, após duas baixas nos primeiros pregões do ano, com bolsas de Wall Street operando sem direção clara antes da divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed).

Preocupações com a pauta fiscal seguem no radar dos investidores no Brasil, enquanto o presidente Jair Bolsonaro recebeu alta hospitalar, após internação por obstrução intestinal. [nS0N2QJ03E]

Às 11:31, o Ibovespa caía 0,63%, a 102.780,20 pontos. O volume financeiro era de 4,8 bilhões de reais.

A ata do Fed deve ser divulgada às 16h (horário de Brasília) e investidores aguardam sinais de potencial aperto monetário maior do que o esperado pelas autoridades do banco central norte-americano. Pela manhã, foi divulgado dado de criação de vagas no setor privado em dezembro nos Estados Unidos acima do projetado por analistas.

Em dezembro, o Fed sinalizou que sua meta de inflação foi cumprida e disse que encerrará em março compras de títulos adotadas durante a pandemia, pavimentando o caminho para três aumentos de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros até o fim de 2022.

Empresas ligadas ao setor tecnologia novamente pressionam o Ibovespa, com destaque para Banco Inter (SA:BIDI4) que estendia a liquidação vista na véspera, enquanto companhias correlacionadas com commodities limitam as perdas, em especial os frigoríficos e a Vale.

No cenário macroeconômico, agentes do mercado monitoram a manutenção de incertezas fiscais, diante de pressão de servidores por reajustes salariais e após governo federal prorrogar desoneração da folha de pagamentos para alguns setores sem impor compensações.

DESTAQUES

- INTER UNIT caía 8,6%, após afundar quase 14% na véspera, enquanto MÉLIUZ ON cedia 4,5% e LOCAWEB ON recuava 4,8%. Os papéis somam três sessões de queda consecutiva, em meio a uma nova liquidação de ações ligadas ao setor de tecnologia no Brasil e no exterior, diante de uma alta nos rendimentos dos títulos do governo norte-americano e dos juros futuros no Brasil, além de rotação de papéis. Méliuz (SA:CASH3) também anunciou parceria com a Mastercard na noite da véspera.

- BRF ON (SA:BRFS3) subia 3,2%, após Credit Suisse (SIX:CSGN) elevar recomendação da ação para "outperform", de "neutra". A sessão também é positiva para outros frigoríficos: JBS ON (SA:JBSS3) avançava 0,3%, MINERVA ON (SA:BEEF3) subia 1,9% e MARFRIG ON (SA:MRFG3) tinha alta de 1,4%. De pano de fundo está a divulgação de relatórios por bancos sobre o setor nos últimos dias.

- VALE ON (SA:VALE3) subia 0,5% e GERDAU PN (SA:GGBR4) avançava 0,8%, após alta dos contratos de minério de ferro na Ásia, com demanda mais aquecida por reconstrução de estoques na China, apesar dos renovados controles de produção de aço na cidade de Tangshan. USIMINAS PN (SA:USIM5) caía 1,1% e CSN ON (SA:CSNA3) cedia 0,7% em sessão que operava ex-direito a juros sobre o capital próprio.

- BRASKEM PN (SA:BRKM5) caia 0,6%, sem grandes movimentações, após a Exame noticiar que oferta de ações preferenciais da companhia por Novonor e Petrobras deve ocorrer ainda em janeiro.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) caía 0,6% e ON cedia 0,2%, após notícia sobre Braskem e mesmo em meio ao avanço dos preços do petróleo. 3R PETROLEUM ON cedia 4% e PETRORIO ON recuava 4,7%.

- ECORODOVIAS ON (SA:ECOR3) subia 3,9%, após Credit Suisse elevar recomendação da companhia para "outperform", de "neutra".

- ALLIAR, que não está no Ibovespa, caía 3,3%, após a gestora MAM Asset Management, controlada pelo empresário Nelson Tanure, dizer que planeja fazer uma oferta pública de aquisição de 100% das ações da companhia caso atinja seu controle. A declaração ocorre em meio à venda de ações pelos atuais acionistas controladores da empresa de medicina diagnóstica à gestora.

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