Iguatemi e fundos concluem compra dos shoppings Paulista e Higienópolis por R$ 2,6 bi

Publicado 15.04.2025, 20:10
Atualizado 16.04.2025, 06:55
© Reuters.  Iguatemi e fundos concluem compra dos shoppings Paulista e Higienópolis por R$ 2,6 bi

O Iguatemi (BVMF:IGTI11) e fundos parceiros concluíram nesta terça-feira, 15, o processo de compra das participações de 55,9% no Pátio Paulista e de 50,1% no Pátio Higienópolis, colocadas à venda pela Brookfield, conforme comunicado.

A transação saiu pelo valor total de R$ 2,585 bilhões, o que faz dela a maior compra de shoppings da história local, superando a venda de participações em seis empreendimentos pela Syn no ano passado para o fundo imobiliário XP (BVMF:XPBR31) Malls, que movimentou R$ 1,85 bilhão.

A negociação entre as partes vinha se desenrolando desde outubro do ano passado. O Iguatemi foi quem assumiu a compra perante a Brookfield, liderando um consórcio que envolveu outros compradores. Com isso, dois dos shoppings mais importantes da cidade de São Paulo trocam de mãos e passam a integrar a rede de luxo do Iguatemi.

O Iguatemi ficou responsável por R$ 700 milhões na transação, o que lhe deu o direito de ampliar a sua participação no Higienópolis de 12% para 29%, permanecendo na administração; além de entrar no Paulista, com 11,5%, e ainda se tornar a administradora do local a partir de julho. O pagamento acertado foi de R$ 490 milhões à vista e o saldo restante de R$ 210 milhões nos próximos 24 meses, corrigidos pelo CDI, confirmando os termos já divulgados.

Os outros compradores do consórcio são os fundos de investimentos imobiliários sob gestão da BB (BVMF:BBAS3) Asset, XP e Capitânia, e a Braz Participações. Juntos, eles responderão por R$ 1,478 bilhão. O fundo XP Malls - maior do segmento no País - pagará R$ 240 milhões do total, ficando com 10% do Higienópolis.

A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, também participou da transação, mas fora do consórcio. A Funcef já é sócia do Paulista e exerceu seu direito de preferência, aportando mais R$ 240 milhões, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

Para chegar ao valor de R$ 2,585 bilhões devido à Brookfield, o Iguatemi ainda precisa levantar cerca de R$ 170 milhões. A companhia assinou um memorando de entendimento não vinculante com um fundo de investimento que pretende ficar com essa parcela remanescente.

No comunicado ao mercado, a companhia afirmou que a aquisição reforça sua posição como a principal empresa de shoppings em São Paulo. Ela também é dona dos empreendimentos Iguatemi São Paulo (o mais antigo do Brasil, em plena Faria Lima), JK (na movimentada esquina da Chedid Jafet com a Juscelino Kubitschek) e Alphaville, na região metropolitana. "Além de adicionar dois dos empreendimentos mais rentáveis e sólidos do País ao seu portfólio, este é mais um passo da companhia na estratégia de qualificação do seu portfólio com empreendimentos de alto padrão e rentabilidade", informou.

O Pátio Paulista fica bem no começo da Avenida Paulista. Inaugurado em 1989, tem 270 lojas em 41,5 mil m² de área bruta locável, com 99% de ocupação. Ele atrai cerca de 12 milhões de visitantes anualmente. Já o Higienópolis foi inaugurado em 1999 e hoje tem 240 lojas, como Zara, Montblanc e Chanel, numa área de 34,1 mil m², com 7 milhões de visitantes por ano.

Venda de ativos

Para fazer frente a esta compra e aliviar o caixa, o Iguatemi anunciou na segunda-feira, 14, a venda de ativos considerados menos importantes do seu portfólio.

A companhia se desfez de 49% do Shopping Market Place e do edifício Market Place Towers, em São Paulo, e do Galleria Shopping, em Campinas (SP). O acordo também incluiu a venda de 24% de um prédio residencial que será construído no Complexo Market Place e de 16,7% de um prédio comercial a ser feito no Galleria. O pacote saiu por R$ 500 milhões. O comprador é um fundo imobiliário cujo nome não foi revelado oficialmente.

A venda servirá para o Iguatemi manter o endividamento sob controle, dentro da promessa de alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e lucro operacional) abaixo de duas vezes neste ano. Com isso, não há planos de outras vendas de ativos no radar.

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