Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - A XP Investimentos deu início à cobertura da ação da International Meal Company (SA:MEAL3) com recomendação Neutra e preço-alvo de R$ 4. “A empresa está caminhando na direção certa de simplificação do portfólio, mas gostaríamos de ver algumas iniciativas ganhando força no médio prazo”, explica a corretora em relatório da quinta-feira (21).
Por volta das 12h05, o papel caía 0,51%, a R$ 3,69, seguindo o Ibovespa, que operava em baixa de 1,11%, aos 117.012 pontos. Desde a abertura do pregão, a mínima registrada foi de R$ 3,60 e a máxima, de R$ 3,73, com R$ 8,4 milhões em volume negociado.
Entre as iniciativas que a XP espera que ganhem força estão a retomada da expansão da marca Pizza Hut após a crise da Covid-19 e a continuidade do processo de desinvestimento em marcas menores.
Esses processos vinham ocorrendo antes da pandemia e, na visão da XP, tinham potencial de desbloquear valor, mas foram interrompidos pelos impactos da crise no setor de restaurantes. “Entendemos que algumas, senão a maioria das iniciativas de transformação da empresa, terão de ser adiadas até que as vacinas sejam amplamente distribuídas”, afirma a corretora.
Ainda em relação à crise, a XP destaca que o segmento de aeroportos, que corresponde a um terço do resultado da companhia, despencou durante o período, comprometendo os resultados. A XP espera que essa situação se normalize apenas em 2023. Por outro lado, outro terço da receita vem das operações nos EUA, que foi impulsionada pela deterioração do real.
“De maneira geral, o cenário macroeconômico continua desafiador para a IMC”, ponderam os analistas.
Os principais riscos da tese de investimento apresentados pela XP são: riscos de execução; aumento da competição; valorização significativa do real; piora do quadro da Covid-19; alta nos preços das commodities; e deterioração do cenário macroeconômico.
ESG
Em outro relatório, focado neste aspecto, a XP diz acreditar que a IMC ainda tem muito espaço para melhorar nessa frente. Na visão da corretora, o pilar social é o mais importante para a companhia, seguido por governança e ambiental.
Um bom ponto de partida para essa melhora, segundo a XP, seria a divulgação de um relatório de sustentabilidade, algo que não é feito atualmente. Por outro lado, a corretora destaca positivamente a participação relevante de mulheres na diretoria da empresa e a maioria independente no conselho de administração.
Do ponto de vista ambiental, os principais pontos críticos listados pela XP são a falta de evidências de iniciativas em relação ao fornecimento sustentável de matéria prima e à redução do impacto de embalagens e resíduos.
Na frente social, a corretora diz sentir falta de informações relativas a como a IMC vem auxiliando seus funcionários a se protegerem e mais detalhes sobre como a empresa vem repensando seus produtos considerando o aumento na preocupação dos consumidores com questões nutricionais.