SÃO PAULO (Reuters) - A companhia indiana Sterlite arrematou nesta quinta-feira o lote 9 do leilão de transmissão de energia, ao ofertar uma receita anual permitida (RAP) de 87,6 milhões de reais, o que representa um deságio de 32,96% ante o valor máximo de 130,66 milhões de reais estabelecido pelo regulador.
O ativo foi fortemente disputado a viva voz pela Sterlite e a pela Taesa (BVMF:TAEE11), que ofertaram ao todo 15 lances, já partindo de deságios superiores a 32%. Também foi habilitado para o viva voz o consórcio formado pela Cymi e por um fundo de investimentos da Brookfield, mas o grupo não ofertou proposta nesta etapa.
O lote 9 compreende linhas de transmissão em Mato Grosso e Pará, somando 505 quilômetros de extensão, e subestações com 850 megavolt-ampere (MVA) de potência. São estimados investimentos de 883,58 milhões de reais no empreendimento, que já havia sido licitado mas acabou não implantado pela empresa anterior, levando à caducidade do contrato.
A disputa pelo lote 9 contou com oito grupos habilitados, entre eles as elétricas EDP (BVMF:ENBR3) Brasil e Energisa (BVMF:ENGI4). Também participaram da concorrência pelo lote as empresas Cobra Brasil e Celeo e o consórcio Olympus XII, formado por Equatorial (BVMF:EQTL3), Alupar (BVMF:ALUP11) e Mercury.
Neste mês o CEO da Sterlite no Brasil disse à Reuters que a companhia participaria do leilão da Aneel buscando lotes que tenham sinergias com seu portfólio atual.
(Por Letícia Fucuchima)