(Reuters) - O presidente-executivo da Cargill, David MacLennan, afirmou nesta sexta-feira que é improvável que a indústria de grãos para ração da China se torne autossuficiente, apesar dos esforços do país para aumentar a produção interna.
O aperto nas ofertas domésticas de grãos e a crescente demanda dos produtores de carne suína do país deram impulso a importações recordes de grãos pela China neste ano.
O aumento na demanda por importações ocorre apesar de o governo chinês ter emitido diretrizes para ampliar a produção local de grãos e reformular os conteúdos de rações para suínos e aves, visando reduzir a dependência de milho e soja importados.
"Eu acho que eles percebem uma vantagem comparativa... Cultive e produza o que se ajusta ao seu clima, aos seus recursos naturais, seu solo, sua oferta de água. Eles não têm isso da maneira que nós, o Brasil e a Austrália temos", disse MacLennan em convenção da Associação Nacional de Grãos e Ração dos Estados Unidos.
"Eles precisam depender do comércio", acrescentou.
(Reportagem de Karl Plume, em Chicago)