SÃO PAULO (Reuters) - A startup de seguros Pier anunciou nesta quinta-feira que recebeu um aporte de 20 milhões de dólares liderado pela Raiz Investimentos, enquanto busca aval regulatório para ampliar a atuação no setor automotivo e a entrada em vida e residencial.
A Pier vende seguros para smartphones e automóveis por meio de uma plataforma digital, sendo a primeira no país autorizada a operar no regime regulatório simplificado da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Desde que surgiu em 2018, a startup já passou por outros três aportes liderados pelo BTG Pactual (SA:BPAC11) e os fundos monashees e Canary.
Segundo cofundador e presidente da Pier, Igor Mascarenhas, os novos recursos serão usados para dobrar a equipe, hoje de 120 pessoas, e fortalecer o capital para obter a licença definitiva.
Na categoria atual, a startup só pode vender seguro para veículos avaliados em até 100 mil reais e as apólices não cobrem danos a terceiros. Mas, com a demanda por serviços financeiros no Brasil se espalhando também para o ramo segurador, a empresa quer acelerar o passo.
A expectativa da insurtech, termo usado para as startups de seguros, é chegar a dezembro com receita anualizada de 60 milhões de reais, um aumento de 250% sobre o fim de 2020.
"Estamos pedindo na Susep para sair do sandbox", disse Mascarenhas à Reuters, referindo-se ao processo em andamento para ser uma seguradora de nível 3, numa escala de 1 a 5, e que segundo ele pode acontecer até o ano que vem.
De posse da licença definitiva, além de poder vender apólices mais completas, a empresa planeja numa segunda etapa vender também seguro de residências e de vida.
(Por Aluísio Alves)