Por Senad Karaahmetovic
Os clientes do Bank of America (NYSE:BAC) continuaram comprando ações dos EUA na semana passada, marcando a quinta semana seguida de atividade compradora.
Fundos de hedge, institucionais e clientes privados inseriram ações em suas carteiras, com os aportes em papéis individuais superando as alocações em fundos com cotas negociadas em bolsa (ETFs).
Os clientes do banco compraram ações de nove dos onze setores, com destaque para tecnologia e serviços de comunicação, enquanto o mercado imobiliário e a indústria registraram saídas de fluxo. Os papéis ligados a materiais, energia e consumo discricionário tiveram entrada de recursos pela quinta semana consecutiva.
“Apesar dos dados da semana passada revelarem que o crescimento do PIB dos EUA recuou (-0,9%) pelo segundo trimestre consecutivo, os clientes foram mais compradores líquidos de setores cíclicos do que defensivos. Os fluxos acumulados em ações cíclicas vs. defensivas no ano sugerem que os clientes não parecem estar antecipando uma recessão. Nossos economistas não acreditam que já estejamos em uma recessão, mas preveem que isso acontecerá no segundo semestre e, por isso, consideram prematuro o otimismo do mercado com uma virada ‘dovish’ (mais flexível) do Fed", afirmou o estrategista Jill Carey Hall em nota aos clientes.
A continuidade das compras de ações americanas foi responsável pelo segundo rali de +10% do S&P 500 neste ano. No entanto, a estrategista do BofA, Savita Subramanian, acredita que o atual rali não passa de uma correção em um mercado de baixa.
Ela ressalta que os ralis em bear markets são comuns, “ocorrendo 1,5 vezes em média por mercado de baixa desde 1929”.
“Os meses de agosto e setembro também são historicamente os mais fracos do ponto de vista sazonal (+0,1% em média contra +1,1% na média mensal). Mantemos nosso alvo para o fim do ano em 3600 no S&P 500”, complementou Subramanian em uma nota separada aos clientes.
A estrategista continuou pedindo que os clientes se concentrassem em ações de alta qualidade.