SÃO PAULO (Reuters) - Analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) cortaram a recomendação das ações da CVC Brasil (BVMF:CVCB3) para "neutra" e reduziram o preço-alvo das ações para 10 reais no final de 2023, de 21 reais no final deste ano, conforme relatório a clientes.
"Nós estamos adotando uma postura mais conservadora em relação à CVC diante da dinâmica desafiadora do balanço ressaltada pelo recente aumento de capital, que vemos como um pequeno paliativo e não exclui novas injeções de capital."
Joseph Giordano e equipe melhorara sua projeção para as reservas, que devem alcançar níveis de 2019 até o último trimestre de 2022, diante da recuperação melhor do que o esperado nos últimos meses.
Por outro lado, avaliam que o mix de curto prazo não está ajudando tanto quanto o esperado, já que as reservas corporativas (B2B), que carregam uma margem menor, estão se recuperando mais rapidamente do que as ao consumidor (B2C).
Também destacaram que a inflação começa a pressionar despesas.
"Assim, é provável que os resultados sejam pressionados por mais tempo enquanto a visibilidade é baixa, dado o ambiente macro global."
Eles estimam agora Ebitda ajustado de 177 milhões de reais para 2022 e 480 milhões de reais para 2023, de 194 milhões e 591 milhões de reais, respectivamente, antes. Para a receita, subiram a projeção de 1,402 bilhão a 1,486 bilhão de reais neste ano.
Às 10:30, CVC Brasil ON caía 5,16 %, a 7,53 reais, pior desempenho do Ibovespa, que subia 0,39%.
A companhia divulga resultado trimestral nesta terça-feira, após o fechamento do mercado.
(Por Paula Arend Laier; edição de André Romani)