Por que o preço do café disparou em agosto nos mercados internacionais?
A Latam aumentou sua frota em 5% durante o 1º semestre de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. A companhia recebeu 4 novos aviões do modelo Airbus (EPA:AIR) A320neo no período. Eles têm fabricação em Toulouse (França), Hamburgo (Alemanha) e Alabama (EUA).
A companhia opera agora com uma frota de 158 aviões. Para o 2º semestre, a empresa planeja receber mais 2 aviões do modelo Airbus A321neo.
Segundo a companhia, os modelos são pilares “essenciais” para operação da frota no Brasil. “Tem sido um pilar essencial da nossa frota, marcando décadas de confiabilidade e excelência na aviação […] As versões neo do A320, lançadas em 2010, incorporam motores e melhorias aerodinâmicas que reduzem o consumo de combustível e as emissões de CO2”.
O diretor de qualidade de manutenção da Latam Brasil, Mauro Jun Nishime, afirma que a empresa enfrentou a “escassez global de aviões e peças” para conseguir crescer no período com aviões deste modelo.
“No início do ano, recebemos quase uma aeronave nova por mês –todas já em operação. Isso mostra que, mesmo diante da escassez global de aviões e peças, conseguimos ampliar a frota de forma eficiente para sustentar a expansão da malha aérea”, disse.
A partir de outubro de 2025 a companhia planeja aumentar em 16% o volume de voos nacionais, com 3 rotas adicionais que vão de São Paulo (SP) a São Luís (MA), Boa Vista (RR) e Ribeirão Preto (SP).
ESCASSEZ
A escassez global de aviões e peças, à qual Jun Nishime se refere, começou com a retomada do setor aéreo pós-pandemia e segue como um problema em 2025, segundo a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).
Depois da pandemia, a demanda por voos, em especial domésticos e de curta distância, voltou com força em muitos países, enquanto fabricantes e fornecedores ainda estavam se recuperando.
Segundo a Cirium reportou, até 15% das aeronaves de companhias aéreas comerciais chegaram a ficar temporariamente fora de operação devido à escassez de peças de reposição e atrasos em manutenção desde o fim da pandemia da covid-19.
Na prática, a escassez resulta em:
- Atrasos na renovação e expansão de frota;
- Aumento do aluguel de aviões usados;
- Mais manutenção corretiva em aviões antigos;
- Aumento nos custos operacionais;
- Impacto direto na malha aérea e nos planos de expansão.
O crescimento da frota da Latam ocorre em meio a esse cenário, que tem atrasado entregas e elevado custos operacionais em todo o setor. Fabricantes como Boeing (NYSE:BA) e Airbus enfrentam dificuldades para atender à demanda.