Lojas Americanas dispara 40% com anúncio de possível fusão com B2W; veja análises

Publicado 22.02.2021, 18:02
Atualizado 22.02.2021, 18:06
© Reuters.

Por Ana Julia Mezzadri

Investing.com - A Lojas Americanas e a B2W anunciaram, na última sexta-feira (19), a aprovação de estudo de uma potencial fusão entre as duas companhias. 

A transação, na visão da XP Investimentos, seria positiva, “pois não apenas deve garantir uma melhor gestão estratégica da nova companhia como também deve permitir uma precificação mais justa das ações”, segundo a corretora.

O BTG Pactual também recebe a possível transação com otimismo: “Definitivamente revela um valor significativo no lado operacional: realmente construindo uma operação multicanal, com um banco de dados integrado, estoque totalmente integrado, e a capacidade de explorar mais oportunidades no negócio de publicidade devido à grande base de tráfego”, resume.

Com isso, a XP reitera sua recomendação de Compra tanto para Lojas Americanas quanto para B2W, com preços-alvo de, respectivamente, R$ 36 e R$ 121. Além disso, a corretora reforça a Lojas Americanas como sua preferência dentro do setor. O BTG Pactual também recomenda Compra para ambos os papéis, com preço-alvo de R$ 120 para B2W e de R$ 38 para Lojas Americanas.

Em um dia muito atribulado para os mercados, em que o Ibovespa fechou em queda de 4,76%, aos 112.788 pontos, os papéis das companhias ficaram entre as poucas altas do índice. B2W (SA:BTOW3) fechou em alta de 1,15%, a R$ 89,67, enquanto Lojas Americanas (SA:LAME4) disparou 40%, a R$ 26,39.

Além de expressar sua visão positiva em relação à transação, a XP afirma não ver motivo para a B2W ser uma companhia separada de sua controladora no momento, “uma vez que acreditamos que a estratégia vencedora no segmento de ecommerce é oferecer um ecossistema mais amplo, que atue em toda a jornada de compra do consumidor, e entendemos que o Universo Americanas se encaixa nessa estratégia”.

Os principais ganhos da transação, para as duas companhias, seriam a sinergia, principalmente em despesas gerais e administrativas; a simplificação, com o fim de potenciais conflitos de interesse; a agilidade; e benefícios fiscais.

Juntas, segundo a XP Investimentos, as companhias têm R$ 42 bilhões em GMV total, sendo que cerca de 70% vem do canal online.

Mais especificamente, para a B2W, a XP entende que a transação será aprovada apenas se fizer sentido economicamente, e que a unificação com a Lojas Americanas traria uma simplificação para a operação. A nova companhia teria ainda lucro e caixa, o que não é o caso da B2W.

Já para Lojas Americanas, a transação deverá permitir uma melhor precificação do papel.

O estudo será conduzido por um comitê independente, composto pelos três membros independentes da B2W. Esse comitê irá negociar com a administração da Lojas Americanas a estrutura e as demais condições da transação e encaminhar suas recomendações ao Conselho de Administração da B2W.

Até então, não foram divulgados detalhes sobre como essa operação ocorreria. A XP especula que isso poderia se dar de duas maneiras: pela incorporação de uma das companhias pela outra ou uma criação de uma nova empresa, ou o lançamento de uma oferta pública (OPA) de BTOW3 pela LASA.

Apesar do otimismo, a XP levanta dois riscos negativos relativos à transação: a incerteza com a potencial relação de troca entre as ações e a possibilidade de os papéis reagirem ao anúncio e a transação não ocorrer.

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