A trading de commodities agrícolas Archer Daniels Midland (ADM), dos Estados Unidos, obteve lucro líquido de US$ 1,170 bilhão, ou US$ 2,12 por ação, no primeiro trimestre deste ano, informou a companhia nesta terça-feira, 25. O resultado representa aumento de 11% ante os US$ 1,054 bilhão, ou US$ 1,86 por ação, registrados um ano antes. Em termos ajustados, o lucro ficou em US$ 2,09 por ação. A receita aumentou 1,78%, para US$ 24,07 bilhões.
Analistas consultados pela FactSet esperavam lucro ajustado menor, de US$ 1,78 por ação, e receita de US$ 24,29 bilhões.
"Nossos principais negócios de Serviços Agrícolas e Sementes Oleaginosas e Soluções de Carboidratos continuam a administrar a volatilidade do mercado e a oferecer margens fortes em toda a cadeia de valor", avaliou o CEO da companhia, Juan Luciano. "Continuamos a observar um crescimento saudável do pipeline e taxas de sucesso em Nutrição Humana que sustentam nossa confiança no crescimento dos lucros no segmento de Nutrição, mesmo quando enfrentamos desafios temporários, principalmente em partes da Nutrição Animal."
A trading de commodities disse que o lucro operacional ajustado na Divisão de Serviços Agrícolas e Oleaginosas da companhia, que compra, transporta e processa soja e sementes, aumentou 20% no primeiro trimestre ante igual período do ano passado, de US$ 1,008 bilhão para US$ 1,210 bilhão.
"Na América do Sul, o excelente gerenciamento de riscos e a maior demanda de exportação em virtude da safra recorde de soja brasileira geraram resultados significativamente mais altos na comparação ano a ano", disse a ADM em comunicado.
Na América do Norte, os resultados de originação foram impulsionados pelas exportações fortalecidas de soja, acrescentou a empresa.
No segmento de Nutrição, que produz e vende proteínas, ingredientes e outros produtos à base de plantas, o lucro operacional ajustado chegou a US$ 145 milhões, queda da 23,3% em comparação com os US$ 189 milhões verificados em igual período do ano passado, informou a ADM.
O recuo ocorreu, na avaliação da trading, porque o negócio "continuou a gerenciar os desafios de atendimento à demanda e desestocagem em determinadas categorias na categoria de Nutrição Humana", na mesma medida em que segue em linha com os resultados de 2022. Os resultados de Sabores, Saúde e Bem-Estar e Nutrição Animal foram menores, enquanto os de Ingredientes Especiais e outros negócios tiveram crescimento ante igual período de 2022.
Já a Divisão de Soluções de Carboidratos registrou queda de 13,9%, com lucro de US$ 273 milhões ante US$ 317 milhões reportados nos primeiros três meses do ano passado.
A companhia disse que os resultados do trimestre foram sólidos, apesar da queda, capitalizados pelo subsegmento de Amidos e Adoçantes, com margens e volumes fortes na América do Norte. As margens de etanol e, por consequência, de processamento de milho foram menores. Já o negócio de trigo apresentou resultados muito mais altos por causa de uma maior demanda.
"Com um balanço forte e fluxos de caixa saudáveis, a ADM está pronta para continuar investindo em crescimento lucrativo e estamos entusiasmados com nosso plano estratégico para 2023 e além", concluiu o CEO da ADM.