A fabricante de alimentos M.Dias Branco (SA:MDIA3) apresentou lucro líquido de R$ 37,8 milhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado representa alta de 152% na comparação com igual período de 2021, quando a empresa reportou lucro líquido de R$ 15 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu R$ 88,9 milhões, avanço de 87,6% frente aos R$ 47,4 milhões do primeiro trimestre do ano passado. A margem Ebitda ficou em 4,7%, ante 3,2% de um ano antes, avanço de 1,5 ponto porcentual. A alavancagem da empresa (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em 1,4 vez, ante 0,5 vez reportada em igual período do ano passado.
A receita líquida avançou 26,8% na mesma base comparativa, alcançando R$ 1,890 bilhão, ante R$ 1,491 bilhão do primeiro trimestre de 2021. A variação positiva da receita é atribuída pela companhia ao aumento de 20,3% do preço médio dos produtos na comparação anual do período, ao avanço de 5,4% no volume vendido e ao crescimento de dois dígitos nas vendas em todo o País.
Por região, a maior alta na receita líquida foi observada pela empresa nas Regiões Norte e Nordeste, chamadas pela companhia de região de defesa, com incremento de 29% nas vendas líquidas. A região de Ataque, formada pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, obteve alta de 27% na receita líquida na mesma base comparativa.
Do montante total da receita líquida, R$ 32,1 milhões vieram da receita com vendas externas - queda de 23% na comparação anual. "O recuo nas exportações deu-se pelo aumento dos custos de frete, intensificado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, pela base de comparação do 1tri21, que reflete também as vendas não recorrentes para programas de ajuda humanitária, principalmente na América Central e pela valorização do real frente ao dólar", disse a empresa em comunicado para a imprensa e investidores.
O resultado da M. Dias Branco mostra a tendência de recuperação da empresa iniciada no segundo primeiro trimestre do ano passado, após passar por um período de demanda atípica por alimentos no pico da pandemia de covid-19 e normalização do consumo de produtos derivados de farinha de trigo.
A companhia, assim como outras empresas do setor de alimentos, tiveram o desempenho impulsionado pelo isolamento social e, posteriormente, afetado pela reabertura da economia e a interrupção do auxílio emergencial.
Em comunicado, a M. Dias aponta que seus resultados trimestrais foram afetados positivamente pelo crescimento médio das vendas, ganhos de produtividade e eficiência em estrutura de custos e despesas.