Investing.com - Após reportar que registrou lucro líquido de R$ 51,8 milhões no segundo trimestre do ano, as ações da Sonae Sierra (SA:SSBR3) operam perto da estabilidade, com alta de 0,06% a R$ 35,47. O resultado representa uma queda de 46% diante dos R$ 96,1 registrados anteriormente.
A receita líquida cresceu 11,2% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando R$ 80,1 milhões, fruto da combinação de forte aumento nas receitas de aluguel e estacionamento, da redução dos descontos temporários e da aquisição de participação adicional de 30% no Plaza Sul Shopping. No primeiro semestre, a receita líquida atingiu R$ 157,1 milhões, 8,8% superior de um ano antes.
O EBITDA totalizou R$ 57,4 milhões no trimestre, forte crescimento de 14,2% em relação ao período de abril a junho de 2018, enquanto o indicador do semestre aumentou 11,0%, totalizando R$ 111,2 milhões.
No segundo trimestre, as vendas dos lojistas tiveram um crescimento de 9,2%, totalizando R$ 1,3 bilhão, resultado da tímida e relativa recuperação do varejo e da menor base de comparação do 2T18, impactada pelos conhecidos efeitos negativos não recorrentes naquele trimestre. No 1S19, as vendas aumentaram 6,5% contra o 1S18, atingindo R$ 2,4 bilhões.
O FFO cresceu 34,4% no em comparação com o mesmo período de 2018, atingindo R$ 37,9 milhões. No primeiro semestre de 2019 o FFO totalizou R$ 71,5 milhões, um crescimento de 28,0% em relação ao 1S18.
Em junho de 2019, os acionistas controladores da Sonae Sierra Brasil e da Aliansce (SA:ALSC3) anunciaram um acordo para combinar os negócios das empresas. No mês seguinte, a companhia recebeu as aprovações para a transação, que deve ser concluída no início de agosto. A empresa combinada, que se chamará Aliansce Sonae Shopping Centers, será a maior empresa de shopping centers do Brasil em termos de área sob gestão.
Apesar dos números positivos, a Coinvalores destaca que a base de comparação do 2T18 é fraca, tendo em vista greve dos caminhoneiros e primeira fase da Copa do Mundo, o que diminuiu bastante o fluxo nos shoppings naquele período.
Ainda assim, a corretora os números da companhia bem favoráveis, acima do reportado até agora pelas empresas do setor, com alta de 8,4% nas vendas mesmas lojas e 10,1% nos aluguéis mesmas lojas, com os descontos que foram dados durante a crise sendo aos poucos retirados. Com aumento da receita e custos sob controle, destaque aqui para a redução dos gastos com lojas vagas, as margens da companhia evoluíram bastante.