Investing.com - O mercado futuro de Wall Street sinalizou uma abertura mista nesta segunda-feira, após todos os três principais índices publicarem sua melhor semana desde a eleição e fecharem em máximas recorde, enquanto o foco do mercado se mantém na alta dos preços do petróleo e os preparativos para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), marcada para esta semana, começam.
O Dow futuro, composto pelas principais empresas listadas, subiu 14 pontos, ou 0,07%, às 9h59; o S&P 500 futuro recuou menos de um ponto, ou 0,02%, e o Nasdaq 100 futuro, que lista as maiores empresas de tecnologia da bolsa, registrou queda de 20 pontos, ou 0,41%.
Sem relatórios econômicos relevantes com divulgação marcada para esta segunda-feira, os participantes do mercado se concentraram no salto de mais de 4% dos preços do petróleo bruto, atingindo a máxima dos últimos 17 meses, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros produtores fecharem um acordo para reduzir a produção conjuntamente pela primeira vez desde 2001.
Os países não membros do órgão concordaram em reduzir a produção em 558.000 barris por dia (bpd), em uma medida que acompanhou o acordo de redução da produção do grupo em 1,2 milhão de bps.
petróleo bruto americano avançou 4,25%, cotado a US$ 53,69, às 10h, no horário de Brasília, enquanto que o Brent oil operou em alta de 4,12%, a US$ 56,57.
Enquanto isso, os investidores se preparam para a decisão de política do Fed, que será divulgada nesta quarta-feira. De acordo com o Monitor das taxas de juros do Fed da Investing.com, os mercados acreditam plenamente em uma elevação de 25 pontos-base, para um valor entre 0,5% e 0,75%, no que seria o primeiro aumento deste ano e somente o segundo desde a crise financeira de 2007–2009.
Com o endurecimento da política nesta quarta-feira essencialmente considerado como certo, os fundos federais futuros apostam em um novo aumento em junho de 2017, com probabilidade estimada em 61,8%.
As expectativas de aumento dos juros e a especulação de que o acordo de corte de produção do petróleo pode gerar inflação causaram uma liquidação dos títulos, com os investidores buscando maiores retornos. Os rendimentos movem-se inversamente ao preço dos títulos.
O título do tesouro americano de 10 anos superou a marca de 2,5% pela primeira vez desde outubro de 2014, atingindo uma máxima intradia de 2,528% nesta segunda-feira.
As especulações sobre o aperto da política do Fed também afetou o ouro nesta segunda-feira, com os preços atingindo uma mínima de 10 meses.
Tanto um dólar forte quanto maiores taxas de juros normalmente prejudicam o ouro, que é precificado em dólar e desvaloriza-se para competir com ativos que geram rendimentos quando o custos dos empréstimos aumenta.
Na Europa, as bolsas mostraram movimento breve, com exceção da Itáilia, em que os investidores celebraram um relatório que afirmou que o Tesouro de Roma estava preparado para atuar no apoio ao terceiro maior banco do país, e mais antigo do mundo, Monte dei Paschi (MI:BMPS), caso o plano de captação de € 5 bilhões (US$ 5,3 bilhões) falhar em atrair investidores.
O banco levou o FTSE MIB a uma alta de cerca de 6%.