Investing.com – O mercado futuro de Wall Street apontava para uma abertura estável uma vez que as bolsas norte-americanas pareciam ter realizado uma pausa nas máximas recordes e aguardavam mais resultados, dados norte-americanos e o anúncio de política monetária do outro lado do Atlântico pelo Banco Central Europeu (BCE).
O blue chip futuros do Dow ganhava 12 pontos, ou 0,05%, às 6h48 em horário local (7h48 em horário de Brasília), os futuros do S&P 500 subiam 1 ponto, ou 0,04%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 1 ponto ou 0,02%.
A temporada de resultados do segundo trimestre começou e 60 empresas constituintes do S&P já divulgaram seus números até quarta-feira. 7% dessas empresas superaram o consenso das estimativas em termos de lucros, conforme The Earnings Scout.
No entanto, esses especialistas apontavam que o crescimento dos resultados até agora foi de 8,3%, uma queda a partir de 12,7% dessas mesmas empresas no primeiro trimestre.
"O crescimento dos lucros por ação no primeiro trimestre de 15% será o nível máximo de crescimento em 2017", alertaram.
"Já estamos aferindo desaceleração entre as primeiras 60 que divulgaram números do segundo trimestre", explicaram.
A enxurrada de resultados continuará com força nessa quinta-feira com nada menos do que 25 empresas do S&P divulgando números.
Antes da abertura, os investidores observarão a divulgação de resultados de Blackstone (NYSE:BX), Bank of New York Mellon (NYSE:BK), Abbott Laboratories (NYSE:ABT), Travelers (NYSE:TRV), Sherwin-Williams (NYSE:SHW) e Union Pacific (NYSE:UNP).
Embora o foco provavelmente estará nas empresas importantes que farão divulgação após o fechamento do mercado, como Microsoft (NASDAQ:MSFT), eBay (NASDAQ:EBAY) e Visa (NYSE:V).
Os resultados da Qualcomm (NASDAQ:QCOM) e American Express (NYSE:AXP) também estarão em foco após ambas as empresas divulgarem números que não atenderam às expectativas no final da quarta-feira, o que levava suas ações a cair nas negociações antes do pregão.
Já com relação a dados econômicos, pedidos semanais de seguro-desemprego e o estudo da atividade industrial do Fed de Filadélfia estão previstos para serem divulgados às 09h30 (horário de Brasília).
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, avançava 0,19% para 94,82 na manhã dos EUA, distanciando-se da mínima de 11 meses de 94,27 atingida no início dessa semana.
Operadores de câmbio, em particular, estão esperando o resultado da reunião do BCE já que possuem expectativas de novas indicações sobre quando a instituição começará a se distanciar de sua política monetária ultrafrouxa, com o euro permanecendo estável frente ao dólar.
A decisão sobre taxa de juros do BCE está prevista para as 08h45 (horário de Brasília) sem expectativas de grandes mudanças.
A maior parte das atenções estará voltada à entrevista coletiva de Mario Draghi, presidente da instituição, 45 minutos após o anúncio, já que investidores buscam mais indicações sobre quando o BCE irá reduzir seu imenso programa de compra de ativos.
Mais cedo, em termos de política monetária, também estava em foco o Banco do Japão, que manteve como estava a taxa de juros e a compra de ativos no final de sua reunião de dois dias.
O banco central também adiou o momento para atingir a meta de 2% de inflação, reforçando expectativas de que ficará para trás dos mais importantes bancos centrais do mundo em relação à redução de seu imenso programa de estímulo monetário.
O dólar subia mais de 0,3% frente ao iene e estava em torno de 112,30 às 07h51 (horário de Brasília), saindo da mínima de mais de três semanas atingida na sessão de ontem que foi de 111,54.
Enquanto isso, preços do petróleo flutuavam próximos à máxima de seis semanas nesta quinta-feira, sustentados pela redução dos estoques norte-americanos, que foi maior do que se esperava conforme dados divulgados na sessão anterior.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA ganhavam 0,08%, atingindo US$ 47,36 às 06h52 em horário local (07h52 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha aumento de 0,14%, com o barril negociado a US$ 49,77.