Investing.com - O Mercado Livre (NASDAQ:MELI) (BVMF:MELI34) vem apresentando uma melhora consistente nas suas margens, conseguindo combinar lucratividade e crescimento, segundo o Goldman Sachs (NYSE:GS). O banco internacional projeta um avanço significativo no CAGR da receita nos próximos anos e destaca que o segmento de anúncios da varejista ainda não alcançou o seu pleno potencial de rentabilidade.
Às 14h21, as ações do Mercado Livre negociadas nos EUA caíam 4,31%, a US$ 849,23.
Desde junho, quando as ações do Mercado Livre estavam sendo negociadas a US$ 600, o papel já subiu mais de 45%. O Goldman Sachs explica que essa valorização é resultado dos ganhos consistentes de margem no 2T22, mesmo em um mercado competitivo.
“Os investidores reconhecem a forte execução e os fundamentos nos principais segmentos da MELI e a combinação única de lucratividade e crescimento que a empresa oferece. No entanto, um dos principais contratempos - além de questões em torno do negócio de empréstimos - continua sendo o valuation”, diz o Goldman Sachs.
A análise do banco aponta que o Mercado Livre poderia atingir um CAGR de receita de 5 anos na faixa de +15% a +20%, com a margem operacional chegando a 10,2% em 2024E e 16,0% em 2027E, acima dos 6,5% em 2022E.
Embora o negócio de crédito contribua para a lucratividade geral e ganhos de margem futuros, o Goldman Sachs ainda acredita que os anúncios continuam sendo um fator de margem amplamente subestimado.
“Os anúncios representaram 1,2% do GMV e 4% implícitos das receitas no 2T22. Acreditamos que essa contribuição pode aumentar para 3% do GMV e 8% das receitas até 2024E e 5%/14% até 2027E. Os anúncios são uma oportunidade de alta margem e acreditamos que o Mercado Livre alcança lucratividade acima da indústria”, afirma o banco.
O Goldman Sachs reitera a sua classificação de Compra das ações do Mercado Livre, com preço-alvo em US$ 1.520.