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Mercado sinaliza abertura em alta com ajustes após feriado e greve com menor adesão

Publicado 02.05.2017, 09:30
Mercado sinaliza abertura em alta com ajustes após feriado e greve geral
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Investing.com - O mercado deverá abrir com certo otimismo nesta terça-feira após o feriado de 1º de maio e a percepção de que a greve geral na sexta-feira não foi capaz de aumentar a pressão sobre o governo e parlamentares contra as reformas.

O Ibovespa Futuro é negociado com alta de 0,4% aos 66.380 pontos e sinaliza um início de sessão positivo para o índice.

O presidente Michel Temer reuniu na noite de ontem com ministros como Henrique Meireles, Eliseu Padilha e Moreira Franco, e parlamentares como o relator da reforma da Previdência na comissão especial Arthur Maia, Romero Jucá, e o secretário responsável pela reforma na Fazenda Marcelo Caetano para discutir a estratégia para a aprovação da matéria nesta semana. Segundo o Estadão, o governo já possui maioria para aprovar o texto na comissão especial, que deverá levar a voto entre amanhã e quinta-feira.

A aprovação da reforma trabalhista na semana passada abriu o caminho para que o governo mapeasse e buscasse os 308 votos necessários para mudanças constitucionais no plenário da Câmara dos Deputados. A Eurásia aposta que a casa aprove a medida no começo de junho.

Fed atrai as atenções

Enquanto o mercado interno mantém um olho na política e nos avanços das reformas trabalhista e da Previdência, o cenário externo deverá ficar concentrado na reunião do Federal Reserve. Segundo as expectativas do mercado, o banco central dos EUA deverá manter as taxas de juros em 0,75% e 1% em anúncio oficial que será realizado amanhã. Somente 5,3% apostam em aumento nos juros.

Os investidores estarão de olho no comunicado do banco e na coletiva de imprensa da presidente do Fed, Janet Yellen, que se pronunciará pela primeira vez após a divulgação do plano de corte de impostos do presidente Donald Trump. Até então, o banco se esquivava de comentar um possível impacto da política fiscal na curva de juros, com seus diretores afirmando que não incluem rumores em seus cenários. O Fed segue determinado em aumentar os juros três vezes neste ano, enquanto o mercado segue apostando em até duas altas, e reduzir o seu balanço, hoje em US$ 4,5 trilhões.

No cenário externo, os investidores seguem de olho das ameaças entre EUA e Coreia do Norte e o desenrolar do segundo turno da eleição francesa entre Macron e Le Pen.

Hoje, mais cedo o PMI industrial chinês veio a 50,3 pontos, abaixo da expectativa do mercado de 51,2 pontos, o que pressionou o mercado acionário do país que fechou em baixa.

Commodities em alta

O contrato futuro minério de ferro fechou com alta de quase 5% na bolsa de Dalian, a 533,5 iuanes a tonelada, enquanto a cotação para entrega imediata em Qingdao cedeu 0,1%, para US$ 68,72 a tonelada.

O petróleo se recupera das perdas de ontem com ganhos de 0,6%, mas é negociado pouco abaixo do patamar de sexta-feira, último dia de pregão no Brasil. Nos EUA, o WTI é negociado a US$ 49,15 e o Brent, em Londres, a US$ 51,95, (+0,8%).

Mundo corporativo

As ADRs brasileiras subiram ontem em Nova York durante o feriado que deixou a Bovespa fechada. Petrobras (NYSE:PBR) ganhou +0,1%, Vale (NYSE:VALE) +1,2%, Bradesco (NYSE:BBDO) +2% e Itaú (SA:ITUB4) Unibanco (NYSE:ITUB) +0,9%.

O presidente da Petrobras Pedro Parente afirmou à Bloomberg que relançará ‘em semanas’ os programas de desinvestimento da companhia para atingir a meta de US$ 21 bilhões até o fim de 2018. A expectativa é que a BR Distribuidora, cujo processo foi interrompido pelo TCU no final do ano passado, deverá ter sua venda concluída até o final do próximo ano.

A Embraer registrou lucro de R$ 134,9 milhões no primeiro trimestre, queda de 65% na comparação anual. A receita cedeu 36% para R$ 3,2 bilhões, pressionada por menos entregas de aeronaves no período.

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