Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações da Merck terminaram negociação desta sexta-feira com queda de 3,77%, negociadas a U$79,18, enquanto a empresa aguarda detalhes da análise da FDA sobre o comprimido para Covid-19 desenvolvido pela empresa em conjunto com a Ridgeback Biotherapeutics.
Inicialmente, as ações negociaram com alta de 1,2%, porém sentiram o peso das preocupações gerais do mercado em relação ao surgimento de uma nova variante do coronavírus na África do Sul.
As empresas afirmam que o comprimido antiviral, chamado molnupiravir, reduz o risco de hospitalização ou morte em pacientes que sofrem da cepa atualmente predominante da Covid-19. Não há evidências que indiquem se o medicamento seria eficaz contra a nova cepa.
O relatório da equipe da Food and Drug Administration, previsto para ser publicado na sexta-feira, abordará uma análise dos dados do estudo clínico para o molnupiravir. O relatório também pode incluir a visão da equipe da FDA sobre se a agência deve liberar o medicamento para uso.
Se aprovado, o molnupiravir poderá ser o primeiro remédio antiviral oral do mundo para a Covid.
A empresa disse que, se a aprovação do uso emergencial ocorrer até dezembro, o medicamento abre a oportunidade de até US$ 7 bilhões em vendas em 2022, incluindo US$ 1 bilhão em receitas este ano.
O medicamento é relativamente barato de produzir e fácil de transportar. A Merck espera produzir 10 milhões de unidades de tratamento até o final de 2021, com mais doses sendo produzidas em 2022. Ela concordou em fornecer 3,1 milhões de unidades de tratamento ao governo dos EUA, partindo do princípio de que todas as aprovações necessárias serão fornecidas.
O comprimido da Merck é um dos três únicos medicamentos orais até o momento que comprovaram sua eficácia contra a Covid-19, junto com tratamentos da Pfizer (NYSE:PFE)( e da Regeneron. A Pfizer alega reduzir o risco de hospitalização ou morte em 89%.