Garanta 40% de desconto
🤯 Perficient disparou 53%. Nossa ProPicks de IA viu essa oportunidade em março Leia mais

Mesmo com corte da Selic, Ibovespa cai pelo 3º dia, para 120,5 mil pontos

Publicado 03.08.2023, 14:58
Atualizado 04.08.2023, 05:00
© Reuters Mesmo com corte da Selic, Ibovespa cai pelo 3º dia, para 120,5 mil pontos

Vindo de duas leves perdas na abertura do mês, o Ibovespa ensaiou, até perto do fim da tarde desta quinta-feira, 3, um dia de recuperação moderada após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter surpreendido, na noite de quarta, parte do mercado ao iniciar o ciclo de cortes da Selic com um ajuste de meio ponto porcentual, e não de 0,25 ponto. A correção mais visível nos ativos brasileiros nesta quinta-feira ocorreu na ponta curta da curva de juros, com a decisão de Minerva (BVMF:BEEF3) do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em favor dos diretores que optaram por um corte inicial mais agressivo da taxa de juros de referência - e sinalizando outra redução de meio ponto logo à frente, no próximo Copom.

Em direção ao fechamento, contudo, o Ibovespa devolveu os leves ganhos vistos mais cedo e se firmou no negativo até o fim da sessão, em baixa de 0,23%, aos 120.585,77 pontos, com mínima intradia a 120.365,38 pontos, estabelecida no fim da tarde. Na abertura, marcava nesta quinta 120.859,46 pontos e, no melhor momento, chegou aos 122.619,14 pontos.

O giro financeiro subiu a R$ 27,2 bilhões nesta quinta-feira. Na semana, o Ibovespa ainda avança 0,33%, mas em agosto, com perdas acumuladas nas três primeiras sessões do mês, recua 1,11%, moderando o ganho do ano a 9,89%.

Na B3 (BVMF:B3SA3), as ações de grandes bancos, que mais cedo operavam sem sinal único, firmaram-se no campo negativo perto do fim do dia, em variações mais visíveis do que as observadas até o meio da tarde. E mesmo com a redução da Selic, as ações expostas a demanda e preços formados no exterior, como as de commodities, andaram à frente dos papéis com exposição ao ciclo doméstico, como os de consumo - por sinal, o ICON fechou o dia em baixa de 1,05%, enquanto o índice de materiais básicos (IMAT) subiu 1,01%.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Apesar da alta superior a 2% para os preços do petróleo na sessão, Petrobras (BVMF:PETR4) (ON +1,42%, PN +1,28%) e Vale (BVMF:VALE3) (ON +0,63%) apararam ganhos do meio para o fim da etapa vespertina, incapazes de carregar o índice da B3 em tarde bem negativa para as ações do setor financeiro, as de maior peso conjunto sobre o Ibovespa. Na ponta da carteira, Dexco (BVMF:DXCO3) (+5,27%), Prio (BVMF:PRIO3)(+4,22%), Suzano (BVMF:SUZB3) (+3,65%), Minerva (+2,93%) e Cyrela (BVMF:CYRE3) (+2,78%). No lado oposto, Via (-8,65%), Méliuz (BVMF:CASH3) (-6,24%), Alpargatas (BVMF:ALPA4) (-5,26%), Eletrobras (BVMF:ELET3) (ON -5,15%, PNB -4,89%) e Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) (-5,11%).

Para os bancos, o dia chegou a se mostrar tão dividido quanto a decisão do Copom, mas o sinal que predominou no fechamento foi o negativo, com perdas que chegaram a 1,01% (Bradesco (BVMF:BBDC4) ON) - exceção, entre as maiores instituições, para Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) (ON +0,17%). "As ações de bancos não foram bem na sessão com a ambivalência na curva de juros - os juros mais curtos caindo e os mais longos subindo", depois do Copom da noite anterior, diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

"Parte do mercado esperava corte de meio ponto, passando de 13,75% para 13,25% ao ano já nesta reunião, mas esperávamos aqui uma queda menor, de 0,25 ponto, embora a gente reconhecesse a possibilidade, não irrelevante, de um ajuste maior. O 'placar' chamou atenção: 5 a 4 pelo corte de meio ponto, com Campos Neto defendendo a queda maior", diz Rachel de Sá, chefe de economia da Rico Investimentos.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Ao se avaliar a mudança neste Copom em relação ao balanço de riscos, com ênfase maior em fatores externos do que domésticos, o colegiado pareceu ter imprimido tom "dovish", flexível, ao comunicado da noite de quarta-feira, aponta Rachel. "Mas houve também alguns recados 'hawkish': não é porque começaram com corte relevante que se deve concluir que haverá aceleração de ritmo na redução da Selic. Houve tentativa de dar também um recado mais firme em relação à inflação", acrescenta.

Após a relativa surpresa com a pequena margem na decisão de quarta-feira, em que Campos Neto deixou a companhia da ala da diretoria vista como mais ortodoxa (Fernanda Guardado e Diogo Guillen) em direção aos recém-chegados Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, considerados mais alinhados ao governo, o ritmo de redução de juros é questão em aberto, que deve continuar a dividir as apostas do mercado.

"Antecipamos nova redução de 50 pontos-base nas próximas duas reuniões, com o Copom acelerando o ritmo de cortes para 75 pontos-base em dezembro, e a Selic encerrando 2023 em 11,5%, e 2024 em 9,0%", diz em nota Marcelo Fonseca, economista-chefe da Reag Investimentos. Ele considera que a decisão da noite de quarta foi "compatível com a magnitude total do afrouxamento na política monetária que deveremos ter nos próximos meses."

De qualquer forma, com o corte mais agressivo promovido pelo Copom, as ações brasileiras chegaram a se descolar, em boa parte da sessão, da cautela externa que ainda prevaleceu nesta quinta-feira. "Ciclos de afrouxamento monetário costumam ser muito proveitosos para ativos de risco", diz Matheus Spiess, da Empiricus Research.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

No exterior, embora em grau bem menor do que o de quarta, quando os mercados reagiram mal ao rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Fitch, o sinal ainda foi majoritariamente negativo nesta quinta-feira para as principais bolsas. Na Europa, fecharam o dia em queda, em pregão marcado pelos dados fracos de atividade do setor de serviços e com cautela após o Banco da Inglaterra elevar o juro básico do Reino Unido em 25 pontos-base, para 5,25% ao ano.

Em Nova York, o dia foi de leves variações, sem sinal único ao longo do dia para as três referências, mas levemente negativo ao final (Dow Jones -0,19%, S&P 500 -0,25%, Nasdaq -0,10%). O CEO da Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa), Warren Buffett, afirmou nesta quinta não estar preocupado com o rebaixamento do rating dos Estados Unidos pela Fitch, dizendo que sua empresa continua a comprar US$ 10 bilhões em títulos do Tesouro americano a cada semana.

Por sua vez, o Instituto de Finanças Internacionais (IIF) avalia que o choque de inflação nos Estados Unidos já acabou, o que abre espaço para que o Federal Reserve (Fed) corte juros em ritmo mais rápido do que o precificado pelo mercado. "No mínimo, achamos que é hora de o Fed encerrar seu ciclo de alta", afirma, em relatório.

Últimos comentários

Bem feito para os céticos, achavam que se cortassem a selic o Ibovespa subia. Agora vem aí a inflação desemfreada.
Bozzoloides c saudade da gasolina a 8,00. Kkkkkk
Esses analistas temSaudade do Jegues? Porque foram 4 anos de trabedia. Inflacao alta E as criticas nao existiam. Não tem insecao no mercado financeiro?
resultado da intervenção estatal ptsta começando a mostrar os resultados nos balanços..
A Europa está no verde e a Ásia fechou bem. Aqui deve subir hoje, apesar da existência do Bob Neto e seu peniquinho da Barbie
gestão petista tá mostrando seu valor... fizeram um ótimo trabalho na Petrobras...
a ata do Copom , deixou o indicativo de cortes graduais de 0,50% , antecipando que a possibilidade de cortes maiores ainda não será possível! apesar de seriam correto, pois ainda estamos com a maior taxa de juros real do mundo!!
riscos relacionados a democracia relativa são muito altos... juros são proporcionais ao risco...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.