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Mineradoras precisam compensar sociedade, diz CEO da Vale

Publicado 06.10.2021, 08:59
Atualizado 06.10.2021, 09:01
© Reuters. Mina da Vale em Sudbury, Canadá.
16/10/2012
REUTERS/Julie Gordon

Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Como mineradora, que extrai recursos naturais, a Vale (SA:VALE3) precisa compensar e dividir valor com a sociedade para ser aceita, e tem avançado em iniciativas ambientais e sociais nessa direção, disse o CEO Eduardo Bartolomeo.

Ao Reuters Impact, evento que discute ações corporativas para combater mudanças climáticas, o presidente da Vale também comentou que rompimentos de barragens que impactaram a companhia e suas comunidades trouxeram lições que ajudaram a definir padrões mais rígidos de governança.

Para ele, as mudanças climáticas são o grande desafio global de longo prazo, e a mineradora tem colocado "recursos, esforços e mentes" em prol de reduzir suas emissões, até que sejam zeradas em 2050.

"Nós temos que compensar a sociedade, nós somos uma mineradora, nós extraímos recursos naturais", disse Bartolomeo.

"Nós apenas vamos ser aceitos se nós dividirmos valor com a sociedade, desde o ponto em que estamos tocando, o território que ocupamos, até sociedade como um todo."

A mineradora prevê investir de 4 bilhões a 6 bilhões de dólares para reduzir emissões até 2030. Dentre suas metas, está a redução neste prazo de 33% de suas emissões de carbono diretas e indiretas, denominadas escopo 1 e 2, em uma iniciativa que visa fazer frente ao Acordo de Paris.

Já as emissões de escopo 3, relacionadas à cadeia produtiva, a companhia planeja reduzir em 15% até 2035.

"Nós costumamos chamar a mineração de indústria das indústrias. É a base de tudo. Tudo que você toca, sente, tem a mineração por trás. Nós somos responsáveis por 4% a 6% de todas as emissões globais, mas quando você inclui escopo 3, estamos falando de 13% a 15%", ressaltou.

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Bartolomeo pontuou que uma das medidas que buscam garantir que as metas sejam atendidas foi a associação da remuneração variável dos administradores com objetivos relacionados com saúde, segurança e sustentabilidade.

"Tenho 20% da minha remuneração de longo prazo associada com metas ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa)", frisou, destacando que o tema também está associado à remuneração de curto prazo.

APRENDIZADOS E OPORTUNIDADES

O rompimento de barragens da Vale e da Samarco (joint venture da mineradora com o grupo anglo-australiano BHP), nos últimos anos, resultou em uma série de aprimoramentos no campo da segurança e de relacionamento com a sociedade, destacou Bartolomeo.

"Eu acho que todos acordaram. Os incidentes, as tragédias, infelizmente, levaram a gente para abrir nossas mentes. É uma força por trás de tudo que fazemos aqui na Vale e também é um impulsionador na indústria", afirmou.

Após o rompimento da barragem em Brumadinho (MG), em 2019, que deixou 270 mortos, além de atingir rios, florestas e comunidades, a Vale acrescentou dois novos pilares estratégicos: segurança e excelência operacional e novo pacto com a sociedade.

No segundo, a empresa busca impactar positivamente a sociedade, indo além de impostos, projetos sociais e reparação em Brumadinho.

Do lado das questões climáticas, Bartolomeo ressaltou que a agenda de redução de emissões não é uma ameaça aos negócios e sim uma oportunidade. Segundo ele, 80% dos 40 projetos para escopo 1 e 2 têm valor presente líquido (VLP) positivo.

O executivo citou ainda anúncio recente da companhia de um novo produto que poderá reduzir em até 10% a emissão de gases do efeito estufa (GEE) na produção de aço de seus clientes siderúrgicos.

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O "briquete verde" da Vale, que estará em produção em 2023, é formado por minério de ferro e uma solução tecnológica de aglomerantes, que inclui em sua composição areia proveniente do tratamento de rejeitos de mineração, e é capaz de resistir à temperatura elevada do alto-forno.

"Isso é a nova pelota, mas uma nova pelota com 80% menos de pegada de carbono", afirmou, destacando que foi uma inovação tecnológica desenvolvida por muitos anos e que irá demandar investimentos importantes com retornos financeiros e ambientais positivos.

A estimativa é de que, no longo prazo, a companhia tenha capacidade para produzir acima de 50 milhões de toneladas por ano de “briquete verde”, com maior geração de valor agregado, além dos ganhos ambientais.

Últimos comentários

...do Brasil,depois vem a RAIL3. Rsrsrs
A Vale é a melhor empresa da B3
Concordo.
Não faz mais do que obrigação... já causou danos demais... inclusive mortes.
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